*Matéria atualizada às 12h45 de 8 de fevereiro de 2023
Um comerciante de 48 anos foi preso na manhã desta quarta- feira (8), em Campinas, com conteúdos de pornografia infantil. O investigado era alvo de uma determinação judicial e foi detido em uma operação da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), para onde foi levado e prestou depoimento. No relato, inclusive, ele confirmou que participava de grupos de compartilhamento de vídeos e fotos.
De acordo com os policiais, o homem é casado, tem filhos e administra um açougue na cidade. O celular dele também foi apreendido. As ações realizadas pela DIG foram coordenadas pela Deic (Divisão Especializada em Investigações Criminais) e contaram com ajuda internacional de uma entidade sem fins lucrativos dos Estados Unidos que combate esse tipo de crime – veja abaixo.
“Na residência do alvo, foi constatado vasto material pornográfico infantil. Após constatação feita pelos peritos forenses, que lá compareceram auxiliando a equipe, foi detido o comerciante”, informou o comunicado emitido pela DIG, que não divulgou os bairros do estabelecimento e da casa do envolvido por motivos de segurança.
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A INVESTIGAÇÃO
Conforme a DIG, a prisão ocorreu “após intenso trabalho de investigação criminal, visando combater abuso e violência contra crianças (pedofilia)”. A denúncia foi recebida em parceria com a Polícia Federal e o Ncmec (Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas), dos Estados Unidos.
De acordo com o delegado assistente da 1ª DIG de Campinas, Luiz Fernando Dias de Oliveira, os IPs usados pelo envolvido foram identificados pela entidade norte-americana e repassados às polícias Federal e Civil. Com base nisso, a apuração foi aprofundada pelas equipes em Campinas.
“Essas diligências vêm desde o mês de novembro, assim como o recebimento do relatório e o trabalho em cima de toda essa identificação de endereços. Agora, no mês de fevereiro, demos o cumprimento do mandado”, explica o delegado assistente Luiz Fernando Dias de Oliveira.
Ao todo, foram expedido dois mandados contra o comerciante, já que haviam dois endereços em que o suspeito possivelmente teria domicÍlio. Porém, “foi constatado que em um deles havia o celular e no aparelho foi encontrado o conteúdo”, detalha ainda o delegado assistente da DIG.
CRIMES E DEPOIMENTO
Ainda conforme Luiz Fernando Dias de Oliveira, o armazenamento, o compartilhamento e a distribuição de imagens que envolvam cenas de sexo explícito que envolvam crianças ou adolescentes são considerado crimes, e isso “é tão grave quanto aquele que pratica diretamente”.
“Aquele que procura e armazena, fomenta a conduta daqueles que diretamente envolvem as crianças e adolescentes, porque, para você ter uma imagem, é preciso que alguém produza ela, e às vezes isso acontece no próprio lar da criança ou do adolescente. Então, ele fomenta essa prática”, explica.
Em depoimento, o investigado alegou que realmente fez o download dos arquivos, que participava de alguns grupos no Telegram, principalmente, e que tem como principal objetivo “tratativas de conversa nesse grupo compartilhamento desse material”. “São duas práticas delitivas: uma delas a gente não conseguiu configurar a prática que era de compartilhar esse material, mas o armazenamento foi constatado e por hora é essa a situação da autuação dele em flagrante delito”, finaliza Oliveira.
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