Entre os mais de 3,5 milhões eleitores da região de Campinas, as mulheres são maioria, com mais de 1,8 milhão, o que representa 52,5% do total. Já entre os homens, quase 1,7 milhão estão aptos a votar. Através dos números é possível visualizar que o voto feminino, mais uma vez, vai ser decisivo. Entre as cidades com maiores percentuais de voto feminino estão Campinas, Serra Negra, e Hortolândia. Veja os detalhes abaixo:
- Campinas – 53,56%
- Serra negra – 52,96%
- Hortolândia – 52,86%
A estudante Mariana Teixeira tem 17 anos e não vê a hora de exercer o direito ao voto pela primeira vez. “Eu sempre fui muito engajada em política e, finalmente, eu tenho a sensação de que posso colocar os meus ideias em prática a partir do voto. Mesmo que as mulheres ainda não sejam a maioria entre os candidatos, eu acho que, mesmo elegendo um homem que pratique essas ações e que consiga recorrer a esse princípio básico humano da igualdade, eu acho que é muito importante. Entretanto, eu continuo acreditando que as mulheres deveriam participar mais da política e deveria ter mais incentivo para quem se candidata”, explica a estudante.
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FALTA DE REPRESENTATIVIDADE
Apesar dos números positivos, ainda falta uma representatividade maior, tanto na Assembleia Legislativa quanto na Câmara Federal, que possuem 20% e 15% de mulheres nas cadeiras, respectivamente.
“É uma coisa bastante estranha, errada e inaceitável porque, de fato, nós somos a maioria da população, nós somos a maioria dos votos e, em termos de participação política, nós ainda temos poucas candidaturas, apesar do avanço. É importante que o sistema político aumente as possibilidades de candidatura das mulheres. Em segundo lugar, eu acho que a sociedade brasileira precisa aumentar a valorização dessas candidaturas de mulheres. Em terceiro lugar, nós temos que pensar, também, no pós-eleição para que a gente, mulheres, como sujeitos políticos, consigam continuar participando do desenho de políticas públicas, das reformas que são necessárias para o aprimoramento das nossas condições econômicas, sociais e políticas”, relata a professora e coordenadora do Núcleo de Pesquisa de Economia e Gênero, Daniela Salomão.
A mudança pode começar pelo seu voto. Não apenas em mulheres, mas também em candidatos que tenham propostas pra elas. “Infelizmente, não são todas as mulheres que carregam essas pautas, não estão comprometidas. E têm candidaturas masculinas que carregam essas pautas com bastante força”, finaliza a professora Salomão.
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