Em visita à Campinas, o governador Rodrigo Garcia (PSDB) anunciou a abertura de 31 leitos pediátricos para a região de Campinas a partir de 1º de junho. Ao todo, serão 16 leitos no HC (Hospital de Clínicas) da Unicamp e 15 no HES (Hospital Estadual de Sumaré).
“São leitos importantes que vão atender as crianças neste momento aonde as crises respiratórias ampliam-se e aumentam durante este período do ano. Além disso, essa demanda crescente nos fez mobilizar junto à Unicamp e ao Hospital Estadual de Sumaré a necessidade da abertura desses leitos de maneira emergencial”, disse o governador.
Presente no anúncio das novas vagas para a região, o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, detalhou a distribuição das unidades nos dois locais. “Serão seis UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e 10 semi-intensivas no HC”, disse. No HES, serão cinco UTIs, cinco semi-intensivas e cinco de urgêndia pediátrica.
A medida visa desafogar o sistema de saúde da região, que convive com a superlotação das UTIs para crianças há cerca de dois meses.
De acordo com o último boletim, divulgado pela Prefeitura de Campinas hoje (26), os 33 dos 34 leitos de UTI infantis dos hospitais Dr. Mário Gatti e Ouro Verde estão ocupados.
“Esse é o primeiro anúncio de um esforço emergencial que foi feito para que a gente, já a partir de 1º de junho, pudesse ter 31 leitos abertos de pediatria. Esse esforço continua. A DRS (Departamento Regional de Saúde) está dialogando com as prefeituras e os prefeitos também estão comprometidos em ajudar a abertura desses leitos e nós teremos novos anúncios nas próximas semanas”, afirmou Rodrigo Garcia.
MUTIRÃO DE CIRURGIAS
Durante a passagem por Campinas, o governador do estado de São Paulo também retomou o anúncio do Mutirão de Cirurgias para zerar a fila de procedimentos represados.
Na região de Campinas, composta por 42 cidades atendidas pelo DRS (Departamento Regional de Saúde) 7, há 71.456 cirurgias atrasadas. Esses procedimentos já estão cadastrados na Cross (Central de Regulação).
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De acordo com Rodrigo Garcia, entre as ações previstas estão cirurgias extras na rede estadual, remuneração dobrada nos hospitais do SUS e a contratação de serviços privados.
Segundo o governo estadual, a duração prevista para zerar a fila no estado é de quatro meses. A estratégia contempla 54 cirurgias ofertadas no SUS em sete especialidades:
– aparelho circulatório
– visão
– digestiva e abdominal
– osteomolecular e geniturinário
– glândulas endócrinas
– nefrologia
Entre as táticas previstas no mutirão estão o pagamento de um valor adicional de 100% do que já é pago pela Tabela SUS do Ministério da Saúde para os 54 procedimentos nos serviços municipais, filantrópicos e Santas Casas.
O governo salientou ainda que a remuneração diferenciada na rede pública começa a valer a partir do dia 1º de junho, com investimento de R$ 350 milhões do Tesouro Estadual. Todos os procedimentos realizados pela rede a partir desta data serão remunerados com o dobro da tabela SUS.