Raquel Valli – especial para acidade on com informações de Junia Vasconcelos/ EPTV Campinas
A Polícia Civil de Cosmópolis ouviu na manhã desta sexta-feira (20) a esteticista e cosmetóloga Isabella Dourado Fernandes, investigada no caso da morte da fotógrafa e influencer Roberta Corrêa, de 44 anos. Foi Isabella quem deu a anestesia na fotógrafa durante o procedimento, segundo a Polícia Civil.
Isabella chegou à delegacia às 9h30 acompanhada do advogado Rodrigo Feitosa e da assistente dele. Após prestar depoimento, ela deixou a delegacia por volta do meio-dia em uma viatura policial.
No depoimento à polícia, Isabella relatou ter aplicado lidocaína mais epinefrina diluídas em soro fisiológico. Ela ainda afirmou que já teria experiência neste tipo de procedimento, com cerca de 50 aplicações.
O delegado que investiga do caso, Fernando Fincatti, afirmou que Isabella
disse não ter cometido erro no procedimento e que o motivo da morte, possivelmente, teria sido uma reação alérgica de Roberta ao anestésico aplicado por ela. A polícia aguarda o resultado do laudo técnico, que apontará a causa da morte da influencer.
Ainda de acordo com o delegado, o depoimento de Isabella foi similar ao já dado pela biomédica Vanuza Aguilar Takata, nesta semana, apontada como a responsável pelo procedimento de endolaser. Roberta foi à clínica para passar pela ténica que retira a gordura localizada e combate a flacidez da pele por meio da aplicação de laser.
“Nós já apuramos como o procedimento ocorreu. Nós temos as imagens das câmeras de vigilância e os depoimentos. Para fechar o caso mesmo, só com a conclusão do laudo, que ainda não tem data porque foi encaminhado para um setor diferente de perícias que não é aqui da região. Foi mandado para São Paulo”, informou Fincatti.
Ainda segundo o policial, Isabella afirmou que a paciente estava conversando durante o procedimento, mas que após alguns minutos, (Isabella) já estava preparando anestesia para o outro lado, porque um dos lados já havia sido feito.
Mas, que, então, a fotógrafa começou a sentir dor, ardor e queimação. “Aí, elas pararam porque Roberta começou a sentir uns calafrios. Desligaram o ar condicionado. Cobriram, e a melhora foi rápida. Só que essa melhora foi leve e, logo em seguida, ela começou a convulsionar”, acrescentou o policial.
Caso seja comprovada a responsabilidade tanto de Isabella quanto de Vanuza, elas serão indiciadas por homicídio culposo – quando não há intenção de matar, disse Fincatti.
Relembre o caso
Roberta morreu na sexta-feira (13) na Santa Casa de Misericórdia de Cosmópolis e foi enterrada na segunda (16) no Cemitério Municipal da cidade.
Deu entrada no hospital na segunda-feira (9) depois de passar mal na clinica Spazio Di Bellezza, que posteriormente foi lacrada por falta de alvará de funcionamento.