O estudante de 17 anos que foi socorrido com uma lesão no tórax após um trote universitário nesta segunda-feira (6), em Campinas, afirmou à PM (Polícia Militar) que “sentiu um estralo nas costelas” durante a interação chamada de “tapete humano”.
Em depoimento à polícia, o jovem disse que “participava por livre e espontânea vontade de um trote da faculdade Mackenzie, onde os futuros alunos se deitavam ao chão e outros alunos passariam andando por cima dele”. Este trote é chamado de “tapete humano”.
O registro diz ainda que “durante a brincadeira, a vítima sentiu um estralo nas costelas, momento esse que alguns alunos acionaram a Polícia Militar”. O Corpo de Bombeiros foi também acionado e prestou socorro ao jovem, levando-o para o Hospital Municipal Dr. Mário Gatti.
Inicialmente, a informações eram de que ele teve uma perfuração. No entanto, o hospital posteriormente informou que o jovem não teve este tipo de ferimento.A Universidade Mackenzie se pronunciou sobre o caso e condenou o trote (leia mais abaixo).
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O trote é uma espécie de “ritual de passagem” para os calouros e que, em alguns casos, tem histórico de violência. Testemunhas informaram à EPTV Campinas que o aluno teria relatado que foi pisado por estudantes mais velhos, chamados de veteranos.
De acordo com a GM (Guarda Municipal) de Campinas, a vítima estava consciente e não quis fazer boletim de ocorrência. A Guarda disse que o estudante informou que o caso não foi intencional.
NOTA DA MACKENZIE
Em nota, a Universidade Mackenzie condenou o trote e disse que está apurando informações sobre o ocorrido. A universidade disse que:
“condena a prática de trote durante a recepção aos calouros e enfatiza os riscos, além da necessidade de respeito” e “prova disso é que a ocorrência desta segunda-feira se deu fora da Universidade”.
A Mackenzie também informou que prestou socorro ao aluno que se machucou na Praça Euclides da Cunha, acompanhando-o ao hospital até chegada de seu pai.
“Até às 13h45, os resultados dos exames não estavam prontos e, por isso, não temos informações mais detalhadas, mas os paramédicos disseram que pode ser uma luxação”, diz a nota.
Por fim, a Mackenzie encerrou a nota dizendo que apura informações sobre o ocorrido, “sempre atenta a inibir ações violentas e/ou desrespeitosas entre veteranos e calouros”.
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