O laboratório farmacêutico EMS, sediado em Hortolândia, confirmou hoje (24) que sofreu uma tentativa de invasão de seu sistema de computadores.
O caso ocorreu ontem (23) e foi cinco dias após o CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), em Campinas, também ter os computadores invadidos (leia mais abaixo).
Em nota oficial hoje, a farmacêutica disse que “prontamente executou os protocolos de segurança e está atuando para restabelecer os seus sistemas no menor tempo possível”.
Além disso, “até o momento não foi identificado vazamento de dados e a distribuição de medicamentos não sofreu alterações”. A empresa ainda não detalhou mais informações sobre o ataque.
CNPEM
Em Campinas, um ataque hacker invadiu no sábado (19) dados do CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), onde fica o superlaboratório de luz síncrotron de 4ª geração, o Sirius. O equipamento é o acelerador de partículas do Brasil, usado para revelar detalhes das estruturas dos átomos.
A assessoria de imprensa do CNPEM informou que o ataque hacker foi do tipo ransomware. Isso é um tipo de malware que restringe o acesso ao sistema infectado com uma espécie de bloqueio e cobra um resgate em criptomoedas para que o acesso possa ser restabelecido.
Segundo o CNPEM, não houve contato, até o momento, para cobrar valores do Centro.
Além disso, o CNPEM disse que “as atividades de pesquisa e desenvolvimento realizadas nos Laboratórios Nacionais do CNPEM e as ações da Ilum não foram criticamente afetadas”.
No entanto, alguns computadores ligados a equipamentos laboratoriais, que dependem de sistemas legados, foram comprometidos e estão sendo recuperados, segundo o Centro.