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CotidianoFebre maculosa: após morte, Unicamp e Vigilância iniciam varredura

Febre maculosa: após morte, Unicamp e Vigilância iniciam varredura

Praça da Paz, na Unicamp, em Campinas, é um dos locais apontados como provável infecção de vítima de 30 anos; veja sintomas

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Varredura realizada na manhã desta quinta-feira na Unicamp (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)

A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e o Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde) de Campinas começaram nesta quarta-feira (27) uma varredura pelo carrapato-estrela, parasita que provoca a febre maculosa. A ação acontece em várias áreas do campus, em Barão Geraldo.

A varredura acontece após a morte de um homem de 30 anos e de um idoso pela doença. A Praça da Paz, na Unicamp, é um dos locais apontados como local provável de infecção de um homem de 30 anos que morreu no último dia 21 de julho.

A vítima, no entanto, não integrava a comunidade universitária da Unicamp. Durante a manhã, gelo seco foi usado na varredura do campus, usado como armadilha para atrair o carrapato-estrela.  

“O gelo selo é o gás carbônico congelado e o carrapto pensa que é um animal, um hospedeiro. Usamos duas técnicas, a armadilha do gelo seco e a de arrasto, que é arrastar um pano branco no chão para capturar carraptos que, por ventura, estejam na pontinha da grama”, explicou a bióloga Ângela Santiciolli.

CONFIRA SINTOMAS DA FEBRE MACULOSA ABAIXO.

INVESTIGAÇÃO

Segundo a universidade, a Unidade de Vigilância em Zoonoses de Campinas realiza hoje uma nova pesquisa acarológica no campus. A pesquisa consiste em investigar o grau de infestação de um parasita no ambiente e medir os riscos à saúde.

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“A última investigação deste tipo na universidade foi feita em 2018 e identificou ácaros sem a presença da bactéria causadora da febre maculosa”, informou a nota divulgada pela Unicamp. 

CONFIRMAÇÃO

A secretaria de Saúde de campinas confirmou no dia 21 de julho mais duas mortes provocadas por febre maculosa este ano na cidade. Ao todo, são cinco casos positivos da doença e três óbitos registrados, o que acende um alerta para a alta chance de infecção da doença transmitida pelo carrapato-estrela nesta época do ano. 

O primeiro caso do ano foi confirmado em maio, um militar do exército que tinha 18 anos e foi infectado na fazenda Chapadão, região norte da metrópole. Ele morreu no dia 24 de abril.

Os quatro últimos casos foram confirmados recentemente. Os locais de provável infecção foram os distritos de Sousas (Leste) e Barão Geraldo (Morte)

As outras duas mortes são de dois homens, um de 30 anos que morreu em 26 de junho, infectado, provavelmente, em Barão Geraldo. O outro, de 66 anos, morreu em 30 de junho, infectado, provavelmente, em Sousas. 

Praça da Paz, na Unicamp (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)

TRANSMISSÃO E SINTOMAS

As áreas de transmissão são próximas a rios, córregos, locais onde ficam populações de capivaras e cavalos. Animais menores, como gambás e ouriços, são hospedeiros secundários do carrapato-estrela e podem chegar mais perto dos humanos.

Os sintomas podem aparecer em até 15 dias após a pessoa ser picada – e muitas vezes ela pode não perceber, pois quando a coceira aparece, o carrapato já se soltou da pele.

Além da febre, os sintomas associados são:

– dor no corpo

– dor de cabeça

– prostração

– náusea

– diarreia

– vômito

Na presença de febre e ao menos um dos outros sintomas, a pessoa deve procurar um atendimento médico.

NOS ÚLTIMOS ANOS

– 2022: 5 casos, 3 mortes

– 2021: 11 casos, 5 mortes

– 2020: 7 casos, 5 mortes

CAPACITAÇÃO

A Prefeitura de Campinas informou que equipes de profissionais de saúde estão sendo capacitadas pelo Devisa para diagnosticar corretamente a doença.

Os meses mais frios e secos, que consistem no período de estiagem, são os de maior transmissibilidade da febre maculosa, e o treinamento é frequente todos os anos, segundo a vigilância.

Os locais de risco na cidade são sinalizados por placas, repostas em vistorias da Vigilância.

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