Servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) continuam em paralisação nesta segunda-feira (28) e a greve afeta ainda mais agências da região de Campinas.
A greve, começou na última quarta-feira (23) e ainda não há previsão para terminar. A cada dia, mais unidades anunciam a adesão ao movimento.
Nesta segunda-feira, o Sinsprev (Sindicato dos Servidores e Trabalhadores Públicos em Saúde, Previdência e Assistência Social no Estado de São Paulo) confirmou a adesão de trabalhadores de Indaiatuba e Valinhos.
Segundo o sindicato, o ato visa reposição salarial emergencial de 19,9%. O sindicato também pede melhores condições de trabalho, realização de um novo concurso e diz ser “contra o desmonte do serviço público”.
BALANÇO
Campinas– Em Campinas, desde a quarta-feira a agência da Avenida das Amoreiras, no bairro Chácaras Campos Elíseos, está fechada. Já na unidade do Centro, na Avenida Barreto Leme, a paralisação é parcial. A unidade segue aberta e as perícias médicas estão mantidas, sendo que os médicos não participam do ato.
Hortolândia- Em Hortolândia, a agência da cidade, localizada no Jardim Santana, também segue fechada desde a quarta-feira (23).
Sumaré- Desde quinta-feira (24) funcionários de Sumaré aderiram à greve. Em Sumaré, 100% dos funcionários presenciais e em teletrabalho estão paralisados. Na cidade, a agência está com funcionamento parcial para os serviços agendados.
Indaiatuba- Adesão parcial desde hoje (28). Agência em funcionamento realizando perícias e serviços administrativos.
Valinhos- Em Valinhos, o setor de assistência social, responsável pela avaliação social, aderiu a greve nesta segunda-feira (28). Segundo o sindicato, os demais trabalhadores não entraram em greve. A agência não possui o serviço de perícia médica.
Santa Bárbara d’Oeste- Adesão parcial de servidores desde esta segunda-feira (28). Servidores administrativos estão paralisados, mas perícia médica e serviço social estão mantidos.
Procurado pela reportagem, o INSS ainda não se manifestou sobre a greve e não informou quantas unidades foram afetadas com a paralisação.
MOTIVAÇÕES
Segundo o Sinsprev, o ato visa reposição salarial emergencial de 19,9%. O sindicato também pede melhores condições de trabalho, realização de um novo concurso e diz ser “contra o desmonte do serviço público”.
Em carta aberta, o sindicato cita que os trabalhadores do INSS estão há 5 anos sem reposição das perdas salariais devido à inflação, e que o instituto perdeu aproximadamente 50% do seu quadro de servidores nos últimos anos.
“O atual quadro de funcionários é insuficiente para dar conta da demanda de um órgão do tamanho do INSS. Hoje, são aproximadamente 18 mil trabalhadores ativos, e quase 23 mil postos de trabalho vagos que o Governo poderia preencher realizando concurso público”, diz a nota.