A nova febre entre os jovens, arminhas de brinquedo que disparam centenas de bolinhas de gel por minuto, chegou a Campinas. O movimento, que começou no Vila Bela, já passou pelo Jardim Paulicéia, Jardim Nóbrega, Jardim Garcia, Vila União e Santa Lúcia. Os encontros são marcados em grupos de WhatsApp e reúnem de 50 a 60 pessoas.
A prática acendeu um alerta para as autoridades. A SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) definiu a prática como uma “brincadeira perigosa” que pode gerar acidentes de trânsito, ferimentos e até “mal-entendido ao ser confundida com uma arma real”. Na capital, a Polícia Militar deteve 18 pessoas em um evento semelhante e até um bebê de sete meses foi atingido, quando sua mãe passava com ele em meio a ‘uma guerra’.
Como funciona a ‘brincadeira’ com bolinhas de gel?
As regras são claras e alinhadas pelos líderes de cada equipe antes das partidas: não é permitido bater no “marcador” – como são chamados os equipamentos utilizados – de outro participante ou iniciar brigas. Se a munição acabar, é só levantar a mão para sair do jogo.
As esferas de gel usadas como munição nas partidas são feitas de um material super absorvente e comumente vendidas desidratadas, do tamanho de grãos de arroz. Quando as bolinhas são colocadas na água, elas se expandem dezenas de vezes mais. O produto também é utilizado na jardinagem, como decoração de vasos, por exemplo.
Nas redes sociais as armas de brinquedos são vendidas por diferentes valores. Porém, houve aumento nos preços por conta da procura. Na internet, os valores do brinquedo – que já custou até menos de R$ 100 – se aproxima de R$ 500. Lojas no Centro de Campinas e vendedores ambulantes também estão oferecendo o produto. E a venda acontece sem qualquer tipo de restrição.
É permitido?
A legislação Brasileira prevê que armas de pressão (airsoft) não são consideradas simulacros de arma de fogo, sendo os últimos proibidos pela lei.
O Decreto 10.030, de setembro de 2019, prevê que esse tipo de “brinquedo” não demanda CR (Certificado de Registro), devendo apenas ter uma marcação na ponta da arma, nas cores laranja ou vermelho vivo, para distingui-los de armas reais.
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