Após o anúncio da parceria para a realização de 71.456 cirurgias na RMC (Região Metropolitana de Campinas), o HC (Hospital de Clínicas) da Unicamp confirmou nesta quinta-feira (9) que vai enviar equipes aos municípios.
No mutirão, detalhado no mês passado pela secretaria estadual de Saúde, os profissionais do HC farão procedimentos de média e baixa complexidade nas cidades que indicarem os números de pacientes com cirurgias pendentes.
As solicitações serão feitas através dos dados do DRS (Departamento Regional de Saúde) 7, que abrange 42 municípios. Todos os procedimentos já estão cadastrados na Cross (Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde).
A intenção do governo é que o hospital atendido conte com especialidades que não possua hoje, evitando que o paciente tenha que viajar a Campinas. Com isso, somente cirurgias de grande complexidade serão feitas na Unicamp.
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ATÉ OUTUBRO
Iniciado em 1º de junho, o mutirão terá o reforço do HC pela região em julho. Em visita a Campinas no último dia 7, o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, disse que a intenção é zerar a fila por procedimentos até outubro.
“As ações visam utilizar mão-de-obra qualificada, fazendo com que o munícipe seja atendido na sua região, fazendo o pós-operatório no próprio local. O envio das equipes será feito aos municípios que assim desejarem”, esclareceu ele.
Conforme o secretário, as prefeituras não terão gastos adicionais usar os profissionais. “Esse custo já está dentro da própria Unicamp, fazendo, então, com que tenhamos a possibilidade de ampliar alguma especialidade”, afirmou.
MUTIRÃO DE CIRURGIAS
Anunciado no dia 26 de maio durante a passagem do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), por Campinas, o mutirão é visto como medida necessária para zerar as filas, estimadas atualmente em cerca de quatro meses.
A estratégia contempla 54 cirurgias ofertadas no SUS em sete especialidades:
– aparelho circulatório
– visão
– digestiva e abdominal
– osteomolecular e geniturinário
– glândulas endócrinas
– nefrologia
HOSPITAIS PRIVADOS
Em Campinas, o secretário Jean Gorinctheyn detalhou também a intenção de realizar os procedimentos cirúrgicos na rede privada. A ideia é pagar um valor adicional de 100% do que já é pago pela tabela praticada pelo SUS no País.
O pagamento complementar também foi adotado nos serviços municipais, filantrópicos e Santas Casas e começou a ser praticado em 1º de junho. O investimento total para o aporte é de R$ 350 milhões do Tesouro Estadual.