A Síria enfrenta vários desafios por uma profunda crise humanitária, deixada por uma guerra civil. Além disso, um terremoto de magnitude 7,8 devastou parte do Oriente Médio e trouxe reflexos aqui para a região de Campinas. A mãe, a irmã e os avós do gerente de vendas Amer Salhah estão em uma das áreas mais afetadas da síria. A família dele é da região de Latákia que fica no noroeste do país, ao lado do mar mediterrâneo.
“Do jeito que eu estava vendo no celular, eu não acreditei. Eu vi até bairros da minha cidade, prédios que eu já tinha visto antes, caindo. O povo sírio já passou por guerra, está passando por fome, crise econômica, teve a pandemia e agora também acabou de aconteceu um terremoto que matou bastante gente”, relata.
Os portais de notícia de Latákia apontam que, só naquela região, 139 pessoas morreram até agora. Nas redes sociais, as vítimas são homenageadas. O terremoto também atingiu a Turquia e deixou milhares de mortos e feridos nos dois países.
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Segundo especialistas, entre os principais pontos que podem explicar o tamanho da destruição provocada há o fato da Turquia estar espremida entre três placas tectônicas que se atritam. Além disso, o epicentro do tremor, ou seja, o ponto onde o terremoto é primeiro sentido, foi no centro-sul da Turquia, bem perto da fronteira com a síria e próxima do encontro dessas placas. Outro fator importante foi a força do abalo sísmico.
O Amer conta que o contato com a família está difícil, mas ele conseguiu conversar com a irmã uma vez. Apesar de o terremoto ter destruído quarenta prédios na cidade dele, ninguém da família se feriu.
“Consegui falar, mas foi às 4h da manhã porque não tem energia. Só tem energia uma hora por dia. Graças a Deus elas estão bem, somente caiu um prédio no bairro onde elas estavam”, comenta.
O gerente de vendas mora no Brasil há sete anos. Chegou adolescente, fugindo da guerra civil e das dificuldades de um país arrasado por conflitos internos. Amer faz um apelo neste momento tão difícil em que de longe acompanha a tentativa de resgate de milhares de vítimas.
“Eu peço muito que ajudem a compartilhar em doação de qualquer coisa que vocês consigam fazer para que o povo consiga viver e para que o povo consiga se recuperar das guerras, da pandemia que aconteceu e deste terremoto. Eu agradeço”, finaliza.
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