Moradores e comerciantes do Centro de Campinas relatam que a sensação de insegurança vem aumentando nos últimos meses. A situação se agravou depois que duas mulheres foram esfaqueadas na região nesta semana.
Na tarde de segunda-feira (7), na Praça da Catedral Metropolitana de Campinas, uma pessoa em situação de rua esfaqueou uma mulher no ombro. Ela foi socorrida ao Hospital Mário Gatti e, de acordo com a Polícia Militar, não há motivação clara para o ataque.
LEIA MAIS
Pais denunciam suposto preconceito em escola de Campinas ; entenda o caso
Ônibus Municipal com seis passageiros pega fogo em Valinhos
Já na quinta-feira (10), uma vendedora de uma loja, na rua José Paulino, foi esfaqueada na mão durante uma tentativa de assalto. Eliene Vasconcelos está afastada das funções, desde então, e ainda tem a mão enfaixada por causa dos ferimentos. Segundo a vítima, o homem apareceu do nada e quando ele foi deferir o golpe com o utensílio, ela se defendeu como pôde, com um pedaço de pau. O suspeito fugiu andando.
Eliene ainda conta que essa não foi a primeira vez em que foi assaltada ou furtada no trabalho. “Já aconteceu de um rapaz entrar com uma faca e eu cedi o celular pra ele. Outra vez, veio uma pessoa pedir um copo d’água, qdo fui pegar o copo d´agua, a pessoa levou o celular”.
Marry Moresco, proprietária da loja em que Eliene trabalha, relata que quando chegou ao estabelecimento, a Polícia Militar já estava no local e reforça que a sensação de insegurança é grande na região.
Outro comerciante que relata transtornos por causa da criminalidade é Nelson Pinto, proprietário de uma loja de vestidos de noiva na rua José Paulino. Nos últimos dois meses, o estabelecimento teve aparelhos de ar condicionado, calhas e até placas informativas furtados.
“Todos nós estamos nos ajudando pra ver se conseguimos levantar a rua, que é uma rua de festas, a gente vende alegria pras pessoas, mas elas passam pela rua e ficam com medo”, relata o comerciante.
Um outro estabelecimento comercial, situado na rua Ferreira Penteado, já foi alvo de cerca de 100 furtos só neste ano. Outros comércios do Centro têm câmeras de segurança e grades nas suas fachadas para tentar evitar a atuação dos criminosos.
OUTRO LADO
Em nota, a Polícia Militar informou que está tomando medidas de intensificação de policiamento na região.
Já a GM (Guarda Municipal de Campinas) disse que está presente no Centro da cidade de dia e de noite. “Viaturas mantêm patrulhamento diário e constante na área central de forma dinâmica, reforçando especialmente em áreas com mais concentração de pessoas, como próximo aos terminais de ônibus e Rua 13 de Maio, e também em horários de pico”, diz a nota.
No texto, a corporação acrescenta que as equipes se deslocam conforme necessidade e denúncias da população e que a região Central também é monitorada por câmeras na Cimcamp (Central Integrada de Monitoramento de Campinas) e, caso detectada alguma situação anormal, viaturas são despachadas para o atendimento.
A GM conclui a nota dizendo que realiza operações frequentes na região e ressalta que é importante que as pessoas denunciem os crimes, seja por meio do telefone 153 ou registrando um boletim de ocorrência.
LEIA TAMBÉM
Desafio no TikTok de ‘fumar cotonete’ pode afetar pulmão de jovens
