Com custo total de R$ 60 milhões, o IOU (Instituto de Otorrinolaringologia da Unicamp), em Campinas, foi inaugurado na manhã desta terça-feira (28). O hospital deve começar a funcionar nas próximas semanas.
O evento teve a presença do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), e do prefeito da cidade, Dário Saadi (Republicanos), além de outras autoridades.
De acordo com Garcia, o complexo recebeu um repasse de R$ 12 milhões para o custeio inicial das atividades. O montante será disponibilizado em 12 parcelas.
“Através de uma fundação da universidade, estamos buscando novas formas de contratação e vamos ter agilidade na contratação de médicos e enfermeiros. O que a gente espera é que nesse segundo semestre já comece a funcionar”, diz.
O médico e diretor do hospital, Agrício Crespo, diz que a estrutura tem equipamentos de ponta e conta com uma estrutura exclusiva em todo o País.
“Nós não temos nada semelhante a isso em todo o País. É uma unidade destinada ao paciente do SUS. Nós seremos referência aos AMEs (Ambulatório Médico de Especialidades) de todo o estado de São Paulo”, explica Crespo.
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ATENDIMENTO
Erguido em um terreno de 11 mil m² no campus da Unicamp de Barão Geraldo, o IOU oferece tratamentos especializados de cabeça e pescoço. A estimativa é que até 120 mil pessoas sejam atendidas por ano no local.
O instituto deve fornecer, por exemplo, diagnósticos e tratamentos de doenças ocupacionais e de sequelas de acidentes de trabalho, incluindo problemas e transtornos ligados ao sono.
Ao menos 30% da capacidade é direcionada aos planos de saúde, modalidade que custeia os procedimentos gratuitos, já que 70% dos pacientes de Campinas e região são recebidos através do SUS (Sistema Único de Saúde).
O serviço é referência para os 42 municípios do DRS 7 (Departamento Regional de Saúde de Campinas) e os pacientes serão encaminhados através da Cross (Central de Regulação de Vagas e Ofertas e Serviços de Saúde).
ESTRUTURA
A unidade tem capacidade de fazer anualmente 4,3 mil cirurgias, 88 mil consultas e 80 mil exames de todas as complexidades referentes à cabeça e ao pescoço.
O hospital também é o primeiro da região a realizar cirurgias com controle inteligente de energia elétrica. Ao todo, quatro salas vão operar com o sistema.
INVESTIMENTOS
O investimento total foi de R$ 60 milhões. Do total, R$ 31,5 milhões são de indenizações coletivas do caso Shell-Basf, através do acordo feito após a contaminação de centenas de trabalhadores em uma fábrica de agrotóxicos, em Paulínia.
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