Com custo total de R$ 60 milhões, o IOU (Instituto de Otorrinolaringologia da Unicamp), em Campinas, deve iniciar as operações no final de abril, de acordo com o médico e diretor do hospital, Agrício Crespo.
Em fase final de construção desde setembro de 2021, o local está com a estrutura física praticamente pronta. “Entramos na fase de instalação dos equipamentos, mobiliário, sinalização”, detalhou Crespo.
O complexo recebeu nesta semana um repasse de R$ 12 milhões para o custeio inicial das atividades de atendimento. O montante será disponibilizado pelo governo do Estado de São Paulo em 12 parcelas.
“Com o repasse, a população terá à sua disposição um novo equipamento de saúde de referência e especializado que atenderá Campinas e região”, disse o vice-governador, Rodrigo Garcia, na oficialização da medida.
ATENDIMENTO
Erguido em um terreno de 11 mil m² no campus da Unicamp de Barão Geraldo, o IOU deve oferecer tratamentos especializados de cabeça e pescoço. A estimativa é que até 120 mil pessoas sejam atendidas por ano no local.
O instituto deve fornecer, por exemplo, diagnósticos e tratamentos de doenças ocupacionais e de sequelas de acidentes de trabalho, incluindo problemas e transtornos ligados ao sono.
Ao menos 30% da capacidade de atendimento será direcionada aos planos de saúde, modalidade que deve custear os procedimentos gratuitos, já que 70% dos pacientes de Campinas e região serão recebidos através do SUS (Sistema Único de Saúde).
O serviço será referência para os 42 municípios do DRS 7 (Departamento Regional de Saúde de Campinas) e os pacientes serão encaminhados através da Cross (Central de Regulação de Vagas e Ofertas e Serviços de Saúde).
ESTRUTURA
A unidade vai ter capacidade de fazer anualmente 4,3 mil cirurgias, 88 mil consultas e 80 mil exames de todas as complexidades referentes à cabeça e ao pescoço.
O hospital também será o primeiro da região a realizar cirurgias com controle inteligente de energia elétrica. Ao todo, quatro salas vão operar com o sistema.
INVESTIMENTOS
O investimento total foi de R$ 60 milhões. Deste montante, R$ 31,5 milhões são de indenizações coletivas do caso Shell-Basf, através do acordo feito após a contaminação de centenas de trabalhadores em uma fábrica de agrotóxicos, em Paulínia.