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CotidianoInvestigado, presidente da Câmara de Campinas diz que "todos são inocentes até que se prove o contrário"

Investigado, presidente da Câmara de Campinas diz que “todos são inocentes até que se prove o contrário”

Vereador Zé Carlos (PSB) falou pela primeira vez desde início de operação que apura caso de corrupção no Legislativo e tem como alvo o presidente; entenda o caso

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Vereador Zé Carlos (PSB) se pronuncia pela primeira vez sobre investigação de corrupção (Foto: Reprodução/TV Câmara)
Vereador Zé Carlos (PSB) se pronuncia pela primeira vez sobre investigação de corrupção (Foto: Reprodução/TV Câmara)

Após cinco dias da operação que apura a prática de corrupção por parte do presidente da Câmara Municipal de Campinas, Zé Carlos (PSB), o parlamentar presidiu a sessão ordinária nesta segunda-feira (22).

Entre as falas no plenário, Zé Carlos afirmou que “neste país, todos são inocentes até que se prove o contrário”.

Esta é a primeira vez que o presidente da Casa se pronuncia desde a realização da operação. Até então, o parlamentar havia se pronunciado por meio do advogado.

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O discurso do presidente do Legislativo começou com ele relatando justamente que a defesa não permitiu que ele preste esclarecimentos sobre o caso até que os autos sejam publicados.

“Estou certo de que ficará comprovado que as acusações feitas contra a minha pessoa não procedem. Porém, neste momento, por orientação do meu advogado, não me pronunciarei porque ainda não tivemos acesso aos autos do processo”, disse.

Durante o período em que esteve na tribuna, Zé Carlos afirmou que os responsáveis pela operação foram cuidadosos com os seus netos, que estavam em sua residência no momento da operação.

Além disso, reforçou que “ninguém vai atrapalhar as investigações” e que seu celular foi apreendido. “Tratamento extremamente cuidadoso aos meus netos, que se encontravam na minha residência naquela manhã. Não reviraram nada e respeitaram a minha família. Pode ter certeza de que ninguém vai atrapalhar as investigações”, disse.

ENTENDA O CASO

Determinados pelo MP (Ministério Público), responsável pela investigação, os mandados do último dia 17 foram cumpridos pelo Baep (Batalhão de Ações Especiais da Policia Militar) nas sedes da Casa e em locais ligados a Zé Carlos.

O promotor Rodrigo Lopes afirmou que a apuração começou com a denúncia de que fornecedores da Câmara recebiam pedidos de propina. Alguns crimes, inclusive, estariam comprovados em gravações de áudio (veja mais abaixo).

Mandados foram cumpridos na Câmara, no Teatro Bento Quirino, na casa do presidente, assim como no escritório e na casa do advogado de Zé Carlos. Celulares, pen drives, documentos e computadores foram recolhidos nas ações.

Nomeada de “Lambuja”, a ação envolveu cinco promotores, sete servidores do MP e 43 policiais militares. Segundo o órgão, o trabalho segue para identificar outros eventuais casos de corrupção, bem como lavagem e ocultação de bens.

ÁUDIOS E INDÍCIOS

O Ministério Público detalhou a investigação que apura crimes de corrupção envolvendo a Câmara Municipal de Campinas. O principal alvo é o presidente da Casa de Leis, o vereador Zé Carlos, que afirmou através da defesa que “está convicto de que não há nada irregular” (confira o posicionamento a seguir).

Segundo o MP, há gravações de áudios que comprovam parte dos crimes investigados na Câmara. Em coletiva de imprensa, o promotor Rodrigo Lopes afirmou que a investigação começou a partir da denúncia de um vereador.

A acusação dá conta de que o crime ocorre desde a troca do comando da presidência da Câmara. Zé Carlos é líder da Câmara desde janeiro de 2021.

“A investigação começou através da representação de um vereador. Basicamente o esquema era de que com a mudança da gestão da presidência, os fornecedores começaram a ser chamados para reuniões, sendo solicitadas vantagens indevidas para que os contratos fossem mantidos ou prorrogados”, afirmou.

Segundo o promotor, “vantagens indevidas” se referem ao pedido de dinheiro, em maior ou menor valor. “Eram pedidos genéricos de valores, uns mais baixos e outros mais altos. Ele teria chegado a falar para uma das empresas que se não pagasse, já haveria outra empresa disposta a pagar”, completou o promotor.

EMPRESAS

Ainda não foi citado o número de empresas envolvidas na investigação, mas, segundo o promotor houve recusa por parte das empresas procuradas. Agora, o MP apura se empresas foram envolvidas e se há crime de lavagem de dinheiro.

“Foi solicitada a vantagem e houve recusa de pagarem a propina desejada. A investigação prossegue agora para apurar exigências em outros contratos de outros serviços. Por enquanto é corrupção passiva, quando há o pedido de propina. Agora vamos apurar se alguma empresa pagou e se há ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro”, completou Lopes.

GRAVAÇÕES DE ÁUDIOS

Ainda na coletiva de imprensa, o promotor Felipe Bertolli indicou ainda que há gravações de áudios que demonstram a ação criminosa.

“Há gravações de áudios. Os investigados pediam para os empresários não participarem das reuniões com celulares. O vereador estava presente nessas reuniões. Quando ele passou a desconfiar que estava sendo gravado, ele pedia para deixarem celulares e relógios no banheiro”, afirmou.

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