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CotidianoJulho terá influência do El Niño nas temperaturas, duas frentes frias e clima seco; veja previsão

Julho terá influência do El Niño nas temperaturas, duas frentes frias e clima seco; veja previsão

De acordo com o Cepagri, não são esperadas chuvas na primeira quinzena do mês

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Com junho se despedindo nesta sexta-feira (30), a expectativa para o próximo mês já começa. Apesar de estarmos noo Inverno, julho não deve ter temperaturas muitos baixas e grandes episódios de frente fria devido à influência do El Niño, fenômeno que causa um aquecimento em todo o globo. Porém, existe a previsão de duas frentes frias para a segunda quinzena do mês.

De acordo com a previsão estendida, as temperaturas devem apresentar clima acima da média para o período na região de Campinas, com mínimas de 12,4ºC e máximas de 25,4ºC.

“Espera-se que seja um mês com temperaturas de normal a acima da média”, explica a meteorologista Ana Ávila, do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), da Unicamp.

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E AS CHUVAS?

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Segundo a meteorologista, o mês deve começar com tempo seco, sem expectativas para chuvas até meados do dia 10 de julho. Com isso, os cuidados com a baixa umidade do ar devem continuar.

“Com relação às chuvas, deve ser dentro da normalidade. E na primeira quinzena de julho, a gente tem um tempo mais seco. Vão persistir as condições de poucas chances de chuva. A gente vai entrar o mês com tempo seco, e se estendendo até o dia 10 de julho”, afirma Ana Ávila.

QUAL SERÁ A INFLÊNCIA DO EL NIÑO?

Durante a primeira quinzena de julho, as frentes frias devem passar pelo oceano, sem grande impacto no continente ou na região de Campinas. Isso ocorre devido ao fenômeno do El Niño, que provoca uma massa de ar seco densa e quente. Com isso, o ar frio não consegue passar.

“A gente fica com a massa de ar seco mais persistente aqui na nossa de região. Essa massa de ar seco vai se tornando mais quente e as frentes frias não conseguem avançar. Elas passam mais pelo oceano e com pouca intensidade no continente”, explica Ávila.

Contudo, a meteorologista alerta que o fenômeno não é o vilão da história e que as temperaturas mais altas não podem ser associadas apenas com o El Niño, uma vez que ocorrem em anos no qual o fenômeno não atua.

“Em anos de El Niño, a gente tem essa tendência de ter essas temperaturas mais altas. Por isso que, às vezes, a gente vê a questão do El Niño como vilão. O El Niño tem esse impacto de que tem uma tendência de temperaturas mais altas, mas pode ser que a gente tenha um ano que não tem o El Niño e tenha essa mesma característica”, finaliza.

O QUE É?

O El Niño é um fenômeno caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico. Ele ocorre em intervalos irregulares de cinco a sete anos e tem duração média que varia entre um ano a um ano e meio, com início nos últimos meses do ano.

Com a modificação do padrão de circulação atmosférica sobre o Pacífico, o El Niño é responsável por alterar a distribuição de umidade e as temperaturas em várias áreas do planeta. Este ano, o fenômeno deve durar de nove a 12 meses.

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