A Justiça mandou soltar na tarde desta terça-feira (2) a avó da recém-nascida encontrada morta na noite de ontem (1) no lixo de um condomínio em Campinas. Ela foi presa por ocultação de cadáver e corrupção de menores. Já a filha, que tem 17 anos, deve responder por infanticídio. A menor segue internada.
O Tribunal de Justiça (TJ-SP) concedeu liberdade provisória à mulher mediante o cumprimento das seguintes medidas cautelares:
- comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de decretação da prisão preventiva;
- proibição de acesso e frequência a bares e lugares de reputação duvidosa;
- proibição de se ausentar da Comarca em que reside por mais de oito dias, sem prévia autorização judicial;
- proibição de mudar de endereço sem prévia autorização judicial
Já, o processo envolvendo a adolescente, mãe da bebê morta, tramita em segredo de Justiça, por determinação do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
A mãe tem 17 anos e foi internada no Hospital Maternidade de Campinas para se submeter à cirurgia pós-parto. A internação ocorreu sob escolta policial, e não há informações sobre o estado de saúde da adolescente.
Mas, o que aconteceu?
O corpo da recém-nascida foi encontrado na noite de ontem (1) em um condomínio no Jardim Paulicéia 3 por um coletor de materiais recicláveis. Estava dentro de um saco de lixo, e, de acordo com a Polícia Militar, havia nascido minutos antes.
Ainda segundo a PM, a intenção da avó e da mãe era se desfazer da recém-nascida disfarçadamente. Mas, o parto teve complicações, e a avó pediu indicações de medicamentos para a filha, no grupo do prédio, alegando cólicas.
Na sequência, o cadáver foi encontrado pelo coletor Sinval Serafim de Campos Pereira. “Eu nunca tinha visto isso na minha vida e nunca imaginei que ia ver. Eu chego lá, começo a abrir sanito [sacos de lixo] por sanito, começo a tirar o que é reciclável e o que não é. Quando eu peguei no saco, estava pesado. De repente, sai uma criança”.
Os bombeiros e a PM foram acionados, tentaram reanimar a criança, mas sem sucesso.
“A mãe informou não saber da gravidez. Que não tinha ciência da gravidez, que ela estava estranhando algumas atitudes da filha, que não se trocava mais perto dela, até questionou, mas falou que ela é bem retraída”, informou o sargento da Polícia Militar, Vinícius Pisano.
“Depois do fato ocorrido da criança ter nascido, ela informou ter sido violentada na escola e que, possivelmente, engravidou decorrente desse estupro. Porém, o período que ela fala do estupro, com o tamanho da criança, não confere“, completou o policial.
A avó e a adolescente moram no condomínio há cerca de um mês, segundo informações dos moradores.
Quer ficar ligado em tudo o que rola em Campinas? Siga o perfil do acidade on Campinas no Instagram e também no Facebook.
Receba notícias do acidade on Campinas no WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o link aqui!
Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Campinas e região por meio do WhatsApp do acidade on Campinas: (19) 97159-8294.
LEIA TAMBÉM NO ACIDADE ON PIRACICABA
Vídeo mostra PM chutando cadeirante durante abordagem policial violenta
Entregador de Piracicaba leva tiro depois de discutir com motorista