O comerciante José Peres, de 54 anos, conhedo como ‘Rei do Queijo’, acusado de ter matado e enterrado o motorista de aplicativo Jean Carlos Santos Novais, de 26 anos, em abril do ano passado em uma praça em Campinas, requereu hoje (21) na Justiça a participação virtual na audiência que decidirá se ele vai a júri popular.
Mas, o juiz Luiz Miranda, da Vara do júri de Campinas, negou o pedido do “Rei do Queijo” porque há risco do réu fugir (já há um mandado de prisão preventiva pendente contra o acusado).
“O pedido, além da manifesta intenção de evadir-se à aplicação de determinação judicial, fato que caracteriza ato atentatório à dignidade da justiça, é ilegal e objeto de divergência nas cortes superiores“, pontuou o magistrado.
Relembre o caso do ‘Rei do Queijo’
O motorista de aplicativo desapareceu em 18 de abril de 2023. Mas, o corpo foi encontrado no dia 27 pela Polícia Civil, enterrado em uma praça no bairro Vila Nova, em frente ao estabelecimento comercial do ‘Rei do Queijo’. De acordo com o laudo pericial, a causa da morte foi asfixia.
O comerciante confessou o crime e teria afirmado à polícia que escondeu o corpo em um apartamento na parte de cima do empório e que à noite o enterrou.
Ainda de acordo com o depoimento do comerciante, a cova foi cavada com a ajuda de um funcionário, que pensava estar cavando uma vala para um cachorro.
Ainda segundo as informações da Polícia Civil, Peres tentou disfarçar o cheio do cadáver com o uso de produtos químicos.
De acordo com a defesa, Peres “vinha sendo extorquido e ameaçado pela vítima por mais de um ano no período anterior ao cometimento do crime”.
De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público (MP) à Justiça, o motorista de aplicativo foi ao armazém cobrar uma dívida de R$ 50 mil. Ainda segundo MP, o irmão de Peres, Marcelo Augusto, ajudou a ocultar o cadáver.
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