A Justiça de Americana proibiu, em caráter liminar, que a jornalista Beatriz Almeida, de 26 anos, cite o nome do ex-namorado, acusado por ela de perseguição há 10 anos. O caso foi revelado há duas semanas pela vítima, após relatar a situação que vive nas redes sociais. Ela conta que o ex-companheiro não só a ameaçou, como divulgou fotos íntimas dela de quando era adolescente na internet, além de criar perfis falsos para se aproximar.
O caso é investigado pela Polícia Civil, que abriu inquérito por pedofilia, pois na época da divulgação das fotos a jornalista era menor de idade. O homem, Felipe Marinho Éberle, também é investigado por crime de perseguição, de acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo.
O inquérito da polícia segue sob sigilo e são cerca de 400 páginas com cópias de conversas por redes sociais e prints de perfis falsos com ameaças feitas pelo ex-namorado. Beatriz chegou a pedir medida protetiva na Justiça há quatro, mas não obteve a restrição. “Como ele sempre se escondeu, ele não foi identificado. Então o juiz acabou arquivo o processo”, explicou ela.
PROCESSO CONTRA JOVEM
Na última sexta-feira (23), Felipe entrou com processo na Justiça pedindo indenização por danos morais no valor de R$ 50 mil e retratação das declarações de Beatriz. No mesmo dia, o juiz Gilberto Vasconcelos Pereira Neto, da 4ª Vara Cível de Americana, considerou que a continuidade das publicações poderia gerar risco ao processo de indenização.
Com isso, ele proibiu, em caráter provisório, que a jovem fale publicamente de Felipe, sob pena de multa de R$ 5 mil por publicação em caso de descumprimento. Após a repercussão do caso, o ex-namorado se apresentou à Polícia Civil, em São Paulo, para prestar depoimento da acusação de Beatriz.
Procurada pela reportagem hoje, a defesa de Felipe Marinho Éberle disse que só vai se manifestar nos autos do processo.