Inaugurado nesta quarta-feira (29) na Unicamp, em Campinas, o Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento em Inteligência Artificial para Saúde e Bem-estar tem entre as criações inovadoras um relógio capaz de monitorar os picos de ansiedade e apontar os motivos do usuário não ter um sono regular. O objeto foi desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Computação – veja abaixo.
A estrutura aberta em uma solenidade no campus da universidade é uma das maiores deste tipo na América Latina e vai ter foco justamente em tecnologias e soluções que possam ser usadas facilmente pelas pessoas, como acessórios e roupas. No caso do smartwatch, o intuito é combater enfermidades e doenças.
“É uma gama de sensores que a gente analisa. E esses sensores a gente analisa com inteligência artificial. A partir disso, a gente consegue e a gente busca, na verdade, desenvolver soluções que possam trazer para a medicina esse caráter pró-ativo. Ou seja, identificar antecipadamente sinais de que a saúde não anda muito bem”, explicou o pesquisador responsável pelo projeto, Anderson Rocha.
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COMO FUNCIONA?
Ao colocar o relógio, o usuário tem os dados coletados de por sensores do pequeno equipamento. Serão computadas, por exemplo, informações sobre a hidratação e a composição corporal da pessoa. Além disso, o sistema também é capaz de “ler” dados sobre picos de ansiedade e até sobre o sono do indivíduo.
“A gente pode fazer análise de quantas vezes ao longo do dia, por exemplo, a pessoa teve episódios ansiosos. E comparando ao longo do tempo podemos ver que a pessoa cada vez mais está tendo episódios, às vezes sem notar”, diz Rocha, que lembra que a intenção é oferecer o cuidado com a saúde de modo acessível.
O LABORATÓRIO
O laboratório conta com profissionais de diferentes áreas da Unicamp e abriga atividades de pesquisa do Projeto Viva Bem. De acordo com a própria instituição, o “objetivo é promover pesquisas disruptivas em Inteligência Artificial para saúde e bem-estar, focando em aplicações tecnológicas de monitoração contínua da saúde de indivíduos através de dispositivos vestíveis”.
A iniciativa conta com profissionais de Educação Física, pesquisadores do Instituto de Física, Medicina, Engenharia Elétrica e Computação. “Todas essas pessoas de bases e formações diferentes, quando colocadas em um mesmo espaço para interagirem, só coisa boa pode aparecer”, conclui Anderson Rocha.
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