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CotidianoLagoa do Taquaral: comerciantes relatam prejuízos e incerteza com parque fechado por tempo indeterminado

Lagoa do Taquaral: comerciantes relatam prejuízos e incerteza com parque fechado por tempo indeterminado

Parques da cidade estão fechados desde o dia 24 de janeiro, quando uma árvore caiu e matou uma menina de 7 anos no Taquaral; laudo aponta extração de 181 árvores no local

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Comerciantes relatam prejuízos com quiosques fechados na Lagoa do Taquaral, em Campinas (Foto: Reprodução/EPTV)
Comerciantes relatam prejuízos com quiosques fechados na Lagoa do Taquaral, em Campinas (Foto: Reprodução/EPTV)

Comerciantes que têm quiosques na Lagoa do Taquaral, em Campinas, acumulam prejuízos por não poderem trabalhar depois do fechamento do parque, há quase um mês, e da interdição de parte da avenida que fica no entorno por causa do risco de novas quedas de árvores. De acordo com a Prefeitura de Campinas, estão instalados 20 quiosques no Parque Portugal. O primeiro fechou em 24 de janeiro, outros no dia 4 deste mês.

A Lagoa do Taquaral, principal ponto de lazer e turismo de Campinas, foi fechada no dia 24 de janeiro, quando uma árvore caiu e matou uma menina de 7 anos no local. Uma mulher de 27 anos também ficou ferida pelo eucalipto de 20 metros, que tombou perto da pista de caminhada e dos pedalinhos, e terá que fazer fisioterapia.

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Na época do acidente, a Administração decidiu fechar imediatamente todos os parques e bosques da cidade, pra evitar novos acidentes. No início desse mês, por recomendação do ministério público, parte da Avenida Heitor Penteado também foi interditada e os quiosques deixaram de atender o público.

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Desde então, 9 dos 25 parques e bosques foram reabertos mas a lagoa não entrou na lista. Além disso, um laudo da Prefeitura apontou a necessidade de extrair 181 árvores, trabalho que ainda não foi concluído.

Para o comerciante Edson de Mello, que vende tapioca, a situação financeira vai se complicando conforme o trabalho segue suspenso. “Pagamento de fornecedor, as contas do próprio comércio, suas contas pessoais, funcionários e produtos que estão dentro dos quiosques e estão estragando”, comenta.

Lenira Gonçalves Santos vende sorvetes na lagoa há trinta e oito anos. Ela conta que cinco famílias de funcionários também dependem da renda dos quiosques. “São pessoas mais simples também, com as mesmas necessidades que nós temos e ficam sem trabalhar. Imagine a situação. Tudo vence. Água, luz, telefone, a comida no prato. Tudo isso preocupa demais”, afirma.

Os comerciantes concordam que é preciso ter segurança quanto à saúde das árvores. Eles pedem apenas uma definição de data pra voltar a trabalhar. 

“O parque é muito grande, são muitas árvores. Se for esperar resolver o problema de todas as árvores, não sei quando que vai abrir. Que eles realmente se atentem para nós e vejam a necessidade de a gente voltar a trabalhar”, diz a comerciante Mileni Mayer.

O QUE DIZ A PREFEITURA

A Prefeitura informou que a taxa de uso do solo, paga pelos permissionários para a Setec (Serviços Técnicos Gerais), deixou de ser cobrada, conforme parecer jurídico, enquanto eles estiverem impossibilitados de trabalhar. Afirmou, ainda, que o parque continua interditado e parte da Avenida Heitor Penteado continua bloqueada para o trânsito de veículos e pessoas por causa dos riscos.

Destacou também que está trabalhando com todo o efetivo na poda e remoção das árvores que oferecem risco, e que só poderá reabrir o parque quando não houver mais risco nenhum para os moradores. Segundo a Prefeitura de Campinas, no momento, não há previsão de reabertura.

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