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CotidianoLavagem de dinheiro: operação cumpre mandados na região de Campinas

Lavagem de dinheiro: operação cumpre mandados na região de Campinas

Investigação identificou remessa de R$ 4 bilhões envolvendo rede criminosa de empresas; ações acontecem em Hortolândia e Holambra

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Operação foi feita pela Receita Federal e pela Polícia Civil (Foto: Divulgação)
Operação foi feita pela Receita Federal e pela Polícia Civil (Foto: Divulgação)

Uma operação da Receita Federal e da Polícia Civil de São Paulo contra a lavagem de dinheiro cumpre mandados de busca e apreensão em Hortolândia e Holambra, na região de Campinas, nesta quarta-feira (5). Uma remessa de R$ 4 bilhões do crime organizado para o exterior foi identificada durante a apuração.

Ao todo, segundo os órgãos, são cumpridos hoje 52 mandados de busca e apreensão no estado de São Paulo. Os alvos são operadores suspeitos de atuação no esquema de envio de dinheiro ilícito para uma série de empresas do Brasil e de fora do país. O crime envolve o uso de criptomoedas e operadoras de câmbio.

Para disfarçar as remessas ilegais, os criminosos usam todo tipo de empresa. Entre elas, conforme a investigação, entidades nos ramos de serviços odontológicos, gravação de som, filmagem de festas e eventos, administração de obras, comércio varejista, manutenção e reparação de máquinas e lavanderias.

“Algumas destas empresas, apesar de se denominarem ‘grupo empresarial’, possuem atividades completamente diferentes, também possuem titulares diferentes, que não têm qualquer ligação com as outras empresas, não podendo desta maneira constituir um grupo de fato”, informa a nota da Polícia Civil.

Não foram detalhados os endereços e o tipo de participação dos nomes que foram alvos dos mandados de busca e apreensão em Hortolândia e Holambra.

COMO FUNCIONAVA?

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De acordo com os investigadores, a fraude consiste através de uma rede de empresas fantasmas “cujo objetivo é ocultar ou dissimular a origem ilícita de valores que são creditados em suas contas bancárias, que posteriormente são repassados a terceiros”, principalmente operadoras de câmbio e criptomoedas.

 

“O esquema serve, principalmente, aos interesses do crime organizado, seja às facções criminosas, aos contrabandistas de produtos importados, ou a qualquer um que necessite remeter valores ilícitos ao exterior, como empresas sonegadoras de tributos”, completou o comunicado sobre a operação de hoje.

 

Uma remessa de R$ 4 bilhões ao exterior entre 2021 e 2022 foi identificada. A força-tarefa foi montada depois que os dois órgãos uniram as apurações. Participam da operação cerca de 100 servidores da Receita e 200 da polícia.

 

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A INVESTIGAÇÃO

As investigações da Receita Federal tiveram início quando foi constatado que empresas “noteiras” transferiam dinheiro decorrente do lucro da sonegação para operadoras de turismo. Posteriormente os valores passaram a serem remetidos para empresas de “importação e exportação”, as quais não possuíam qualquer existência material. Essa situação chamou a atenção da Receita.

Durante os trabalhos, conforme o órgão, “foi constatado que essas empresas, que são inúmeras, sempre remetiam os valores recebidos para empresas ‘operadoras de criptoativos’. Estas, por sua vez, remetiam os valores recebidos para corretoras de câmbio, a fim de realizar operações com criptomoedas”.

“Um fato comum a essas empresas é o recebimento de dinheiro de diversas fontes que estão espalhadas por todo território brasileiro, muitos desses depósitos feitos em espécie e de forma fracionada. Também foi identificado o recebimento, em valores maiores e feitos por transferências bancárias, de empresas que atuam com produtos populares importados”, informa a Receita.

Entre os itens vendido9s, estão roupas, produtos eletrônicos e diversos outros artigos que são comercializados em centros populares. Outro fato identificado, comum a diversas dessas empresas de “importação e exportação”, é o recebimento de elevadas quantias de “padarias” e “mercadinhos” pelo Brasil.

Segundo os investigadores, os valores de padarias e mercadinhos estão relacionados ao comércio ilegal de ticket alimentação, que financia o crime organizado, “visto que valores do tráfico de drogas recebidos em espécie são ‘transformados’ em cartões de ticket”, pela compra do ticket do trabalhador.

“Esses tickets são posteriormente debitados em ‘padarias’ e ‘mercadinhos’ fictícios (muitas vezes também em diversos níveis, passando de uma padaria para outra) que irão transferir esses valores para as empresas de importação e exportação”, conclui a nota da força-tarefa enviada à imprensa nesta quarta. 

 

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