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CotidianoMaternidade de Campinas recebe autorização para reabrir 10 leitos de UTI Neonatal

Maternidade de Campinas recebe autorização para reabrir 10 leitos de UTI Neonatal

Medida será publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (8); unidade apresentou plano de trabalho para atender requisitos para funcionamento

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Fachada do Hospital Maternidade de Campinas (Foto: Reprodução/EPTV)
Fachada do Hospital Maternidade de Campinas (Foto: Reprodução/EPTV)

*Matéria atualizada às 19h47 do dia 07 de março de 2023

A Maternidade de Campinas recebeu nesta terça-feira (7) uma autorização da secretaria Municipal de Saúde para reabrir 10 dos 20 leitos de UTI Neonatal que haviam sido interditados no dia 16 de fevereiro, após a constatação da falta de profissionais para atender bebês internados no setor de alta complexidade do hospital. A medida será publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (8).

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“A Secretaria Municipal de Saúde informa que o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) deferiu, no início da noite desta terça-feira, 7 de março, a desinterdição de 10 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) neonatal na Maternidade de Campinas, com a equipe completa, de acordo com a RDC 07/2010, que dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento de UTI e dá outras providências”, informou a secretaria, em nota.

A decisão acontece após o hospital apresentar um plano de trabalho que atenda requisitos mínimos para funcionamento da estrutura. Agora, a unidade de Saúde e a secretaria estão em tratativas para reabrir outros 10 leitos.

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Dias antes da interdição, em fevereiro, no dia 10, a Maternidade notificou à Saúde do município sobre um surto de diarreia no setor Neonatal. Ao todo, três bebês morreram na unidade de saúde desde então. Porém, a Maternidade informou que o terceiro bebê que morreu não teve nenhuma relação com a gastroenterite e sim com a “prematuridade extrema” da criança.

Ainda de acordo com a Maternidade, já foram remanejados alguns médicos neonatologistas para cobrir a escala da UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

“Com a retomada dos 10 leitos, ficam mantidos os parâmetros necessários para o Município de Campinas no atendimento de UTI neonatal. A proposta para operacionalização do funcionamento com os 30 leitos prevê a reorganização da escala de profissionais da Maternidade, cumprindo todos os pré-requisitos da legislação necessários”, informou a Saúde de Campinas, em nota.

De acordo com a Saúde, a Maternidade de Campinas está autorizada a disponibilizar os leitos a partir de hoje. Além disso, a pasta afirmou que “continua com as negociações para ampliação dos leitos de neonatologia no hospital da PUC”.

Em nota, a Maternidade afirmou que está aguardando a confirmação da medida com a publicação no Diário Oficial.

IMPACTO E APURAÇÃO

A interdição já causa impacto nas outras maternidades da cidade que atendem o SUS. No Hospital PUC-Campinas, a capacidade é de 20 leitos na UTI Neonatal, mas a unidade contava, na última sexta-feira (3), com 25 bebês, além de oito gestantes de alto risco que também estavam internadas na ala unidade.

No Caism, da Unicamp, a situação não é diferente. A UTI Neonatal estava com 160% da sua capacidade na sexta-feira. Por esse motivo, foram até improvisados leitos dentro do centro obstétrico, segundo informações da diretoria da unidade.

Além dos problemas com os órgãos de Saúde, o MP (Ministério Público de São Paulo) abriu inquérito para investigar as mortes de três bebês na Maternidade de Campinas, assim como supostas irregularidades na prestação de serviços. O documento foi assinado em 27 de fevereiro.

De acordo com o MP, uma inspeção realizada pelo Devisa mostrou inúmeras irregularidades estruturais, em processos de trabalho e na licença do banco de leite. Veja todos os pontos do inquérito abaixo:

  • Manter em funcionamento Banco de Leite Humano sem possuir licença de funcionamento
     
  • Manter médico diarista/rotineiro e equipe de fisioterapia sem atender o dimensionamento mínimo nas unidades de Terapia Intensiva Adulto e Neonatal
     
  • Manter em pleno funcionamento CME [central de material de esterilização] sem possuir área física que atenda à legislação vigente
     
  • Manter em funcionamento CME sem profissional enfermeiro no período noturno;
     
  • Manter em pleno funcionamento o Setor do Pronto Atendimento com estrutura física inadequada
     
  • Manter em pleno funcionamento Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional sem recursos humanos quantitativos suficientes na categoria profissional médica, de acordo com a capacidade instalada
     
  • Manter em funcionamento centro cirúrgico sem sanitários com vestiário para funcionários
     
  • Ausência de banheiros anexos aos consultórios de ginecoobstetrícia do Ambulatório
     
  • Manter abrigo externo de resíduos comuns e químicos de forma irregular

Em nota, a Maternidade de Campinas destacou que “em seus 109 anos de existência, o Hospital Maternidade de Campinas sempre agiu de acordo com a ética médica e com as normas impostas pelos órgãos reguladores. A direção da instituição, como é de praxe diante de qualquer intercorrência, já adotou todas as medidas para a rigorosa apuração dos fatos. Desta forma, qualquer inquérito que venha a contribuir para a elucidação dos fatos terá a total colaboração da instituição”.

O QUE DIZ O ESTADO

Em nota, o DRS (Departamento Regional de Saúde) informou que monitora a situação dos leitos neonatais e tem realizado reuniões com os gestores locais para o aumento da disponibilidade de leitos na região nas próximas semanas para garantir retaguarda à situação da Maternidade de Campinas.

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