O mês de fevereiro em Campinas foi o mais seco desde 2014, de acordo com dados do Climatempo. O levantamento mostra que a chuva foi 65% menor do que a média histórica esperada para o período.
No mês, foram 75 milímetros de chuva, enquanto a média esperada para o período era de 215 milímetros. Em 2014, no mesmo mês, foram 14 milímetros.
Na região, Valinhos também registrou chuva abaixo da média. Foram 77 milímetros, sendo que eram esperados 215 milímetros. A redução foi de 64%.
A previsão do tempo indica que o calor continua na região de Campinas pelos próximos dias, mas existe a previsão de chuva (leia mais abaixo).
TEMPO SECO E RECORDE DE CALOR
Na semana passada, inclusive, a cidade entrou em estado de atenção por conta da baixa umidade relativa do ar em dois dias, nos dias 22 e 25.
O estado de atenção é decretado pela Defesa Civil quando a umidade relativa do ar registra índice entre 20% e 30%. Nesse caso, a principal recomendação é consumir muita água e ter cuidado especial com crianças e idosos.
Também na terça-feira passada, Campinas registrou a maior temperatura do mês, com 33,8ºC.
“Nós estamos no Verão e, quando temos períodos com massas de ar quente que impedem a entrada do frentes frias, a tendência é que as temperaturas subam bastante em dias ensolarados. Isso não acontece em dia com chuva”, argumenta ela.
PREVISÃO
De acordo com o Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), da Unicamp, apesar de baixas probabilidades, há possibilidade de pancadas de chuva ao longo da semana na região de Campinas.
Isso devido à instabilidade termodinâmica e alguma entrada de umidade na baixa troposfera. Os indicativos mais consistentes de chuva são para sexta-feira e o final de semana.
CALOR
Ainda segundo o Cepagri, para essa terça e quarta-feira, há chances de pancadas de chuva com trovoadas a partir da tarde, de forma isolada. Na terça-feira as temperaturas ficam entre 22ºC e 34ºC e na quarta, entre 22º e 35ºC.
Vale destacar que as temperaturas medidas e previstas em meteorologia referem-se a um ambiente de sombra, sem radiação solar direta por isso, sob incidência direta de radiação solar a temperatura é maior, e pode contribuir não só para queimaduras, mas também para a ocorrência de doenças associadas ao calor excessivo.
O Cepagri ainda alerta para que as pessoas se hidratem, devido a altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar (em torno de 30% nos períodos da tarde), e cuidado quanto à prática de exercícios físicos, atividades laboriosas e exposição ao sol entre as 10 e16h.