Após quase dois meses de separação, um casal de Hortolândia conseguiu encontrar a cadela Pandora, de três anos, que havia fugido de casa no final do ano passado.
O reencontro, que aconteceu no DPBEA (Departamento de Proteção e Bem Estar Animal) de Campinas nesta quarta-feira (19), foi possível graças a um microchip implantado quando ela foi castrada.
Marli Alves Souza e Edvaldo Oliveira Souza contam que a cachorra desapareceu no dia 27 de novembro, quando o casal chegou em casa e não encontrou mais a companheira.
A suspeita é que ela tenha escapado pelo portão aberto da residência. “Quando chegamos do serviço ela não tava mais em casa. E foi triste. A gente pega amor”, diz a cozinheira.
Depois disso, o marido dela se esforçou, mas não conseguiu encontrar a cadela. “Procurei e não encontrei. Saía pra procurar à noite, até às 22h às vezes”, conta o cozinheiro.
NOVA FUGA E REENCONTRO
A frustração de Marli e Edvaldo parecia que ia acabar quando Pandora foi encontrada e identificada através das informações contidas em um microchip implantado sob a pele dela.
O problema é que ela fugiu de novo do local onde era mantida. “No dia que foi combinado, a moça ligou dizendo que ela fugiu. E eu tava tão feliz de ter encontrado!”, explica Marli.
Semanas depois, no entanto, uma família de Campinas encontrou e resgatou a cachorra da rua. Ao passar por uma consulta no veterinário, o profissional notou e fez a leitura do chip.
Através das informações contidas no dispositivo, Francis Melo e a filha acionaram o serviço do DPBEA, que, enfim, deu a informação tão aguardada para os tutores de Pandora.
“Ela tava muito cansada quando encontramos. E aí tomou banho e foi bem tratada. Vai ser difícil também ficar sem ela”, reconheceu a aposentada.
MICROCHIPAGEM
Para identificar os bichos e os responsaveis por eles, o Departamento de Protecão e Bem Estar Animal de Campinas tem um serviço gratuito de microchipagem para cães e gatos.
O trabalho pioneiro no Brasil começou há sete anos e atualmente mais de 45 mil animais já passaram pelo processo, que é rápido e simples, já que não precisa sequer de anestesia.
O diretor do departamento de proteção animal, Vagner dos Santos Bellini, explica que o dispositivo é pequeno e cabe na palma da mão.
“A aplicação acontece no dorso, como uma vacina. O animal não sente. O microchip é do tamanho de um grãozinho de arroz. Não dá nem pra sentir pela pele”, detalha.
De acordo com a lei, em Campinas todos os cães e gatos devem ter o microchip implantado. O serviço de implantação é gratuito e pode ser pedido pelo telefone 156.