Um levantamento do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) apontou que o setor da alimentação apresentou uma alta de até 21% no mês de julho no estado de São Paulo.
De acordo com o balanço, os alimentos que apresentaram a maior alta foram leite e derivados. Em contrapartida, os combustíveis tiveram queda de 12,4% durante o período.
Em Campinas, os moradores ainda sofrem com a inflação em diversos produtos. “Acho que deu uma aliviada de leve, mas as compras tão assustando demais. Ainda fecha no negativo”, afirma a dentista Keila Paes.
Apesar da queda nos valores de alguns produtos, a coordenadora de berçário Carisa Rabelo relata que isso ainda não é perceptível no mercado.
“Já ajudou um pouquinho, não muito, mas ajuda um pouco. Os preços estão aumentando, cada vez que a gente vai no mercado, e está cada vez mais alto os valores”, acrescenta.
Confira os alimentos com maior alta em julho:
- Leite longa vida: 21,95%
- Banana-nanica: 10,15
- Mamão: 10,06%
- Derivados de leite: 13,45%
- Pães e similares: 3,76%
Para o professor de economia da Facamp, Saulo Abouchedid, o aumento é repassado de forma rápida, o que não acontece quando há queda.
“Os preços dos alimentos ainda estão aumentando, ainda sofrem por conta dos aumentos dos custos dos meses anteriores. O repasse do preço dos combustíveis ao preço dos bens e serviços é assimétrico. Quando tem um aumento, o repasse é rápido e integral, mas quando há uma queda, essa queda não acontece na mesma proporção”, finaliza.
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