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CotidianoMoradores denunciam abandono em pontos do BRT em Campinas

Moradores denunciam abandono em pontos do BRT em Campinas

Com duas linhas já funcionando, os 36 km de corredor exclusivo para ônibus apresentam locais com sinais de destruição e até mesmo furtos

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*Com informações de Johnny Inselsperger/EPTV*

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A situação de abandono em determinados trechos do BRT (Bus Rapid Transit) em Campinas tem gerado descontentamento entre moradores da cidade que utilizam as plataformas de embarque e desembarque. Com 96% da obra concluída e as linhas Campo Grande e Ouro Verde já operando, ao longo dos 36 quilômetros de corredor exclusivo para ônibus, há diversos locais que apresentam sinais de destruição, abandono e até mesmo há casos de furtos.

No Terminal Santa Lúcia, que já está em funcionamento, registros da EPTV Campinas mostram que o painel de informações encontra-se parcialmente danificado. Além disso, é visível a necessidade de reparos no alambrado, que está danificado, e nas pichações presentes nos bancos e muros no local. Os banheiros também foram alvo de furto de cabos elétricos, incluindo interruptores.

Maria Regina Moraes, auxiliar de limpeza, disse que o estado de conservação do local é “extremamente insatisfatório”. Ela reclama do vandalismo, da falta da higiene e de segurança como principais preocupações. “Estamos diante de um terminal que permanece inacabado, e estamos vivenciando essa situação precária”, afirmou ela.


Já a estação do Jardim Marajó, que ainda nem está em funcionamento, possui pelo menos três vidros quebrados e a placa do lado de fora não passou por reformas depois de ser atingida por um carro. Para a dona de casa Irene Fátima Santana, se o ponto fosse inaugurado logo e estivesse funcionando, seria mais difícil que atos de vandalismo como esses ocorressem.

Há outros sinais de depredação ao longo do corredor Ouro Verde na Avenida Ruy Rodrigues, em frente ao Shopping Spazio. Um exemplo é o ponto de ônibus sem cobertura. Na Avenida Camocim, do bairro residencial São José, os pontos de paradas estão abandonados, o que piora cada vez mais a deterioração.

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“Me sinto triste porque a gente mora aqui há tanto tempo, começou essa obra e não terminou, tá parado. Eu acho que tem que terminar né, é um dinheiro do povo que entra para poder fazer, mas não deu sequência”, lamenta a dona de casa Sandra Justino Nunes.

O corredor Campo Grande também apresenta problemas ao longo do trajeto. No ponto da John Boyd Dunlop, em frente ao Hospital da PUC-Campinas, a cobertura está parcialmente destruída.

A estação do Jardim Garcia apresenta problemas logo do lado de fora, em que o muro de acesso para as pessoas chegarem ao terminal está quebrado e o ponto de ônibus está desnivelado, com buracos e sem proteção para os dias de chuva.

“Eu acho um descaso porque está tudo se deteriorando e ninguém toma providências”, comenta o motorista Vitor Alexandre.

O que a Prefeitura diz?

A secretaria de Infraestrutura informou que o BRT Campinas está 96% concluído, com duas linhas já operando, a do BRT Campo Grande e a do BRT Ouro Verde. A previsão é que toda a obra seja concluída no segundo semestre de 2024, beneficiando cerca de 450 mil pessoas.

De acordo com a nota da Prefeitura, toda vez que ocorre algum ato de vandalismo ou deterioração, a secretaria de Infraestrutura faz o levantamento para os devidos encaminhamentos. “Falhas na obra são corrigidas pela empresa e outras questões são encaminhadas para a Emdec que opera o BRT”, comunicou.

O projeto

A construção começou em 2017 e previsão inicial era de três anos de conclusão, sob o custo contratado de R$ 451,5 milhões. Com os atrasos ao longo do período e necessidade de mais verbas, o cronograma mudou para junho de 2022 e, depois, para 2023 e em seguida 2024.

A obra dos corredores do BRT tem 36,6 quilômetros de corredores exclusivos ao todo, divididos em quatro lotes, além de 36 estações, 18 pontes e viadutos e sete terminais. Cerca de 450 mil pessoas que dependem do transporte público serão beneficiadas, informou a prefeitura.

  • Ouro Verde: 14,6 km de extensão, saindo da região central, seguindo pela João Jorge, Amoreiras, Ruy Rodriguez, Camucim até o Terminal Vida Nova.
  • Campo Grande: 17,9 km de extensão, também saindo da região central, seguindo pelo leito desativado do antigo VLT, John Boyd Dunlop e chegando ao Terminal Itajaí.
  • Perimetral: 4,1 km de extensão, ligando a Vila Aurocan até o Campos Elíseos, seguindo pelo leito desativado do VLT.

O BRT

A construção dos corredores começou em 2017. O investimento é de R$ 450 milhões e a previsão era de entrega em três anos. O sistema foi proposto para beneficiar 450 mil pessoas com 36,6 km de vias, 36 estações, sete terminais e 18 pontes e viadutos, incluindo o primeiro viaduto estaiado de Campinas.

Quando estiver em operação, a circulação será em faixas exclusivas, separadas do trânsito, feitas em pavimento de concreto. Os usuários farão embarque e desembarque pela esquerda, com acessibilidade no nível dos ônibus. Os veículos serão articulados, com ar-condicionado e a tarifa será paga antes de embarcar.

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Vitória Silva
Vitória Silva
Repórter no ACidade ON Campinas. Formada em Jornalismo pela Unesp, tem passagem pelos portais Tudo EP e DCI, experiência em gravação e edição de vídeos, produção sonora e redação de textos, com maior afinidade com temas que envolvem cultura e comportamento.
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