Após relatar dificuldades para andar durante a recuperação e receber alta do hospital no início do mês, a jovem atingida pelo eucalipto que caiu na Lagoa do Taquaral, em Campinas, diz que ainda não recebeu suporte do município. A Prefeitura, por sua vez, alega ter fornecido apoio da Saúde e da Assistência Social. Na tragédia, uma menina de 7 anos morreu – relembre o caso abaixo.
A queda da árvore de grande porte aconteceu no dia 24 de janeiro, quando Gabriela de Araújo Rodrigues, de 27 anos, caminhava com o namorado no parque. Ela foi atingida pelos galhos quando estava na terceira volta no local, conta que não sentia as pernas logo depois do acidente e que “desaprendeu a andar” no período em que ficou internada no Hospital Doutor Mário Gatti.
Antes de ser atingida pelo eucalipto, Gabriela relata que passou pela árvore outras duas vezes naquela manhã e que viu o piquenique feito pela família de Isabela Tibúrcio Fermino, menina atingida e morta pela árvore, minutos antes da queda. Além disso, detalha ter escutado um estalo pouco antes de sentir o impacto e cair (CONFIRA O RELATO COMPLETO AQUI NESTA MATÉRIA).
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FALTA DE SUPORTE
Após sair da unidade de saúde, a jovem afirma que depende da ajuda da mãe e do namorado para caminhar na casa onde mora e fazer ações simples do cotidiano. Além disso, enfrenta dificuldades para dormir e sofre com as lembranças do acidente. Desde o fatídico dia, porém, reclama que não recebeu qualquer tipo de oferta de apoio, auxílio, ou contato das equipes da Prefeitura de Campinas.
“Eu vi que a Prefeitura se manifestou em nota dizendo que daria todo e qualquer suporte necessário para as pessoas atingidas nessa tragédia. E desde o acidente até agora que eu estou na minha casa, isso não aconteceu. Em momento algum vieram me perguntar se estou bem, como estão nossos dias e se preciso de alguma coisa. Eu sinto a minha questão do déficit do meu corpo, a minha dor e a minha falta de movimento. Mas, infelizmente, teve outra pessoa, uma menina de 7 anos, que perdeu a vida e isso é muito sério. E não pode passar assim. Eu quero que ninguém mais sofra com um situação dessa”, desabafa a mulher.
Gabriela ficou internada na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do Hospital Mário Gatti por seis dias para se recuperar da lesão em uma das vértebras da coluna, da fratura em uma costela e dos ferimentos no rim e no pulmão. No setor, passou por procedimentos e cirurgias, como a drenagem do pulmão, e teve alta completa em 3 de fevereiro. Agora, deve iniciar sessões de fisioterapia.
O QUE DIZ A PREFEITURA
A Prefeitura de Campinas disse que a Gabriela recebeu suporte das equipes de Saúde e de Assistência Social da Rede Mário Gatti durante a internação e que ela está com retorno marcado no neurologista em 17 de fevereiro. A partir disso, ainda segundo a nota, as necessidades serão indicadas pela equipe da neurocirurgia e o suporte necessário terá o apoio da pasta municipal de Saúde.
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