A Polícia Federal cumpre na manhã desta quarta-feira (22), na região de Campinas, mandados contra uma organização criminosa que pretendia realizar ataques contra servidores públicos e autoridades. Um dos alvos seria o senador Sergio Moro (União Brasil).
Dos 35 mandados cumpridos no país, 12 são na região. Até o momento seis pessoas detidas, entre elas duas mulheres e dois homens, já foram encaminhadas para a sede da PF em Campinas. A rua da delegacia foi fechada.
Segundo a corporação, os ataques previam crimes de homicídios e extorsão mediante sequestro. Nas redes sociais, o ministro da Justiça, Flávio Dino, comentou a operação e confirmou que entre as vítimas estariam um senador e um promotor de Justiça. Também em redes sociais, o senador e ex-ministro Sérgio Moro se pronunciou sobre a ameça (veja mais abaixo).
De acordo com as investigações, os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea. A operação, denominada Sequaz, foi deflagrada hoje e mandados são cumpridos em quatro estados e no Distrito Federal. Os principais investigados se encontram nos estados de São Paulo e Paraná e o epicentro da operação acontece nas regiões de Campinas e Piracicaba, onde são cumpridos:
- 7 mandados em Sumaré
- 2 mandados em Hortolândia
- 1 Santa Barbara d’Oeste
- 1 Nova Odessa
- 1 mandado em Americana
Ao todo, são 20 mandados cumpridos em São Paulo. No estado, um mandado é cumprido na capital, quatro em São Bernardo do Campo, um em Diadema, um em Guarujá e um em Andradina.
Segundo a PF, são cerca de 120 policiais federais envolvidos na operação. Eles cumprem 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária.
AUTORIDADES COMO ALVOS
De acordo com os investigadores, os crimes seriam uma retaliação de integrantes de uma facção criminosa por causa de uma portaria do governo que proibia visitas íntimas em presídios federais.
Atentados eram planejados desde o ano passado, segundo a investigação, e envolvia ataques políticos e funcionários públicos, entre eles um senador (Sérgio Moro) e um promotor da Justiça.
O grupo é suspeito de planejar matar e sequestrar autoridades, segundo o ministro da Justiça, Flavio Dino. Nas redes sociais, Moro afirmou que era um dos alvos do grupo criminoso.
Foi investigado e identificado um plano de homicídios contra vários agentes públicos (dentre os quais um senador e um promotor de Justiça). Hoje a Polícia Federal está realizando prisões e buscas contra essa quadrilha. Meus cumprimentos às equipes da PF pelo importante trabalho— Flávio Dino ���� (@FlavioDino)
March 22, 2023
Segundo a investigação, os suspeitos alugaram chácaras, casas e até um escritório ao lado de endereços de Sergio Moro. A família do senador também teria sido monitorada por meses pela facção criminosa.
Sobre os planos de retaliação do PCC contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do senado. Por ora, agradeço a PF, PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e…— Sergio Moro (@SF_Moro)
March 22, 2023
A facção atua dentro e fora dos presídios brasileiros e internacionalmente. Quando era ministro de Segurança Pública, Moro determinou a transferência do chefe da facção, Marcola, e outros integrantes para presídios de segurança máxima. À época, o senador defendia o isolamento de organizações criminosas como forma de enfraquecê-las.
APREENSÕES
Durante a operação na região, foram apreendidos veículos de luxo, como três BMW’s, duas motos e duas caminhonetes. Os veículos foram levados para a sede da PF em Campinas. Veja fotos: