Uma operação da Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas) para inibir a realização de “rolezinhos” na cidade abordou 65 motociclistas na tarde desta sexta-feira (28) na Avenida John Boyd Dunlop, uma das vias com maior circulação de veículos em Campinas. Ao todo, 65 motociclistas foram abordados durante a operação. Destes, 42 foram multados.
A Operação Placa Escura teve apoio da Guarda Municipal e faz parte de uma série de ações anunciadas pela Prefeitura na última quinta-feira (27) para impedir a realização de eventos ilegais. No sábado (22), um “rolezinho” com 200 motos deixou deixou três pessoas mortas e ao menos 27 feridas na Rodovia Santos Dumont (SP-075).
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Entre as irregularidades encontradas na operação desta sexta-feira estão pneus carecas, obstrução da placa, pilotagem com apenas uma das mãos, utilização de viseira aberta e placas adulteradas. Além disso, três motos que estavam com a documentação irregular foram levadas para o pátio.
AÇÕES CONJUNTAS
Uma das principais iniciativas anunciadas pela Prefeitura é o monitoramento e a troca de informações em tempo real entre os setores de inteligência das forças policiais. A estratégia é para identificar encontros de motocicletas e coibir as atividades antes que elas aconteçam ainda nas redes sociais.
Além disso, a Prefeitura planeja intensificar as operações conjuntas e periódicas entre a Guarda Municipal e a Polícia Militar. A atuação em conjunto das forças de segurança é para aumentar a presença policial me pontos estratégicos.
Outra medida importante é o reforço nas operações “Placa Escura” da Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas). Essas operações têm como objetivo fiscalizar veículos com placas encobertas ou ilegíveis, o que pode ser uma prática comum entre alguns participantes de “rolezinhos” (leia mais abaixo).
Motos que apresentem indícios de adulteração também serão fiscalizadas. Em caso de confirmação, esses casos serão conduzidos à Polícia Civil para providências. Vale destacar que uma alteração recente no artigo 311 do Código Penal prevê que pessoas circulando com veículos com placas e números de chassi e de motor adulterados são passíveis de pena de prisão e sem direito à fiança.
“A reunião foi fundamental para definir ações em conjunto das forças de segurança e da Emdec para inibir ações como este ´rolezinho´ que resultou em três mortos e 27 feridos no último sábado. O município vai promover ações importantes para que eventos como esse não aconteçam na cidade”, declarou o prefeito Dário Saadi (Republicanos).
O ‘ROLEZINHO’
De acordo com a Polícia Rodoviária, o grupo com cerca de 200 motos se reuniu na Vila Castelo Branco, em Campinas, e passou por vários pontos da cidade. Muitos moradores filmaram a passagem das motos em diversos bairros durante a madrugada por causa do barulho dos escapamentos das motos. Imagens registradas pela cidade também mostraram várias irregularidades, como motociclistas empinando ou até andando na contramão de vias. Muitos motoristas que passavam perto do grupo tiveram que tomar cuidado para não se envolverem em acidente com o grupo.
Quando o grupo chegou à Rodovia Santos Dumont houve um engavetamento seguido de atropelamento entre as motos do grupo. Alguns motociclistas perderam o controle do veículo na aglomeração, duas mulheres e um homem morreram após as colisões. O acidente ocorreu por volta das 2h da madrugada, na altura do km 72. Equipes da Perícia Técnica da Polícia Científica foram direcionadas ao local do acidente. O grupo acabou se dispersando.
A Polícia Civil de Campinas divulgou a identidade das três vítimas fatais que morreram durante o acidente: Bruna Maldonado Martins, de 33 anos, Diogo Henrique Pereira, de 19 anos e Leonardo Souza Gomes, de 29 anos. As vítimas morreram no local. A maior parte das 27 pessoas que ficaram feridas, atendidas em hospitais da cidade, deixaram as unidades médicas ainda no final de semana.
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