O Verão extremamente chuvoso e abafado se despede de Campinas nesta segunda-feira (20), com a chegada do Outono às 18h25. De acordo com a previsão estendida do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), da Unicamp, a estação deve ter temperaturas acima da média e tempo firme em Campinas.
Segundo os meteorologistas, o Outono é considerado um período de transição entre a época mais quente e úmida do Verão para a estação mais seca e fria, que é o Inverno. Portanto, haverá bastante variação de nebulosidade, com predomínio de sol e poucas chances de pancadas de chuva.
“Os indicativos dos modelos de previsão de tempo mantêm um quadro de chuvas esporádicas e isoladas (pancadas ou temporais) na região de Campinas até o final do mês, mas sem indicativos de eventos de chuva volumosa. Além disso, as temperaturas devem permanecer sem mudanças expressivas, permanecendo com mínimas entre 18ºC e 20ºC e máximas em torno de 31ºC, um pouco acima da climatologia para a época”, informa o boletim do Cepagri.
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ACUMULADOS DE CHUVA
Ao contrário do que tivemos de dezembro até o começo de março, o próximo trimestre deve apresentar uma redução no acumulado de chuvas, uma vez que não há indicativos de precipitações volumosas no Outono.
“Esse trimestre deve ter temperaturas acima da média e precipitação dentro da média. A gente não vai ter períodos de estiagem. Vale lembrar que, no Outono, as temperaturas já vão entrando em declínio e os acumulados de chuva vão diminuindo gradativamente”, explica o meteorologista Bruno Bainy.
INFLUÊNCIA DO EL NIÑO
Com relação às temperaturas, a tendência é para valores acima da média, relacionado à mudança do El Niño. Contudo, o Outono não vai necessariamente ser quente, podendo chegar até os 26ºC. Apesar disso, podemos ter ondas de calor durante a estação.
“O principal efeito do El Niño é de um inverno com temperaturas acima da média. Então, o fato de a gente ter temperaturas acima da média já neste período de Outono pode implicar na ocorrência de bloqueios atmosféricos, que impedem a passagem de frentes frias, e também de possíveis ondas de calor”, completa Bainy
O último episódio de El Niño foi entre 2015 e 2016, ano mais quente da história, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). Os efeitos do evento climático podem durar até 18 meses.
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