Pessoas que procuraram atendimento no Hospital Dr. Mário Gatti, em Campinas, na noite de ontem (21) denunciaram demora de até 10 horas para acolhimento médico. Os moradores reclamam de dificuldades para conseguir passar em consulta, e alegam que o problema é recorrente. Em nora, Prefeitura informou que os hospitais da cidade estão com as equipes completas, no entanto sobrecarregadas pela demanda que tem crescido continuamente.
Em entrevista à EPTV Campinas, a dona de casa Sandra Fiuza disse que chegou ao Mário Gatti às 9h30. Até a noite ela aguardava atendimento. “Cheguei de manhã, 9h30, e estou até agora esperando. Para tomar medicação tive que chorar, falar que estava com dor nas costas. Estou esperando resultado porque não saiu. Só deram medicação porque não estava aguentando”, desabafou.
Acompanhando a esposa que esperava atendimento, Valter José da Silva afirma que a situação é precária. Eles chegaram a procurar atendimento no dia anterior, mas foram embora sem ajuda.
“Estamos sem almoço. Isso é desde ontem, são quase 20 horas de espera. Ontem fomos embora sem posição aí voltamos hoje e até agora não entregaram laudo”, lamentou.
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Acompanhando o marido que tem câncer na boca, Doraci Viana também lamentou sobre o descaso na saúde. “Desde 15h30, para quem tá com dor, sem comer há vários dias. A gente fica sem fazer muita coisa. Depender da saúde pública tá difícil. É tanto imposto que a gente paga, mas chega na hora que precisa fica desse jeito”, disse aos prantos.
O QUE DIZ A PREFEITURA?
Procurada, a Prefeitura de Campinas informou que os hospitais da cidade estão com as equipes completas, no entanto sobrecarregadas pela demanda que tem crescido continuamente. Em nota, a Administração afirma que todos os pacientes são submetidos a classificação de risco e, aqueles que realmente apresentam necessidade de atendimento de urgência, são atendidos prontamente. Os demais, classificados como de baixa gravidade, aguardam maior tempo para sua consulta.
“Em torno de 50% dos atendimentos não se configuram como urgência ou emergência e a orientação é que pacientes com este perfil busquem atendimento nas unidades básicas de saúde ou em ambulatórios de especialidades. A Prefeitura tem investido continuamente na ampliação de RH e em tecnologia para garantir atendimento de qualidade”, informou a Administração em nota.
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