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CotidianoPelo 2º ano, maioria dos alunos matriculados na Unicamp vieram do ensino público

Pelo 2º ano, maioria dos alunos matriculados na Unicamp vieram do ensino público

Dados fazem parte dos índices de inclusão social divulgados pela Comvest na semana passada

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Pouco mais da metade dos alunos matriculados na Unicamp (Universidade Estadual em Campinas) em 2024 vieram do ensino médio público, pelo segundo ano seguido. Os dados foram divulgados pela Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp) na semana passada e fazem parte dos índices de inclusão social obtidos no ingresso 2024. 

O percentual de estudantes oriundos da rede pública aumentou de 50,1% (1.776 estudantes) para 50,8%, com 1.787 estudantes matriculados, de um total de 3.516 ingressantes em 2024.  

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Veja o percentual dos anos anteriores: 

  • 2022: 45,7% do total de matriculados;   
  • 2021: 47,5% do total de matriculados;   
  • 2020: 45,4% do total de matriculados;  
  • 2019: 47,9% do total de matriculados. 

O índice considera os matriculados em todas as modalidades de ingresso na universidade, que são: Vestibular Unicamp; Enem-Unicamp; ProFis; Vestibular Indígena e Vagas Olímpicas.  

Aumento de estudantes do ensino público na Unicamp 

O diretor da Comvest, José Alves de Freitas Neto, avaliou os índices como reflexo das medidas adotadas nos últimos anos pela universidade, em suas modalidades de ingresso para a graduação, tais como adequação das provas e inclusão das novas formas de seleção, como o Provão Paulista, lançado pelo governo do estado de São Paulo em 2023 e que conta com 315 vagas na Unicamp.  

Ele também pontua que as políticas de ações afirmativas na universidade são importantes para corrigir disparidades como, por exemplo, a proporção de estudantes do ensino médio matriculados em escolas públicas e particulares.  

“Apenas 15% dos estudantes estão em escolas particulares e os outros 85% em escolas públicas, percentual que não se reflete nas universidades públicas. A disparidade e a diferença entre as escolas tornam a concorrência desfavorável para estudantes da rede pública. Por isso é fundamental que a universidade pense políticas de ação afirmativa no ingresso”, defendeu José Alves. 

A estudante Maria Vitória Ramos Vieira, de 18 anos, cursou escola pública e foi aprovada na Unicamp neste ano, para o curso de Administração Pública, ministrado na FCA (Faculdade de Ciências Aplicadas). Ela falou sobre a desvantagem dos alunos da rede pública no momento de preparação para os exames vestibulares.  

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“Nós sofremos para nos preparar diante da desvantagem em relação a estudantes de escolas particulares, que têm acesso a outras oportunidades, muitas vezes não disponíveis para nós. Acredito que, sem as políticas de ação afirmativa, o acesso à universidade pública não chegaria para todos. Por isso, esse índice de 50% de estudantes de escolas públicas na Unicamp é, para mim, um marco, um avanço e uma oportunidade que no futuro vai ser devolvido ao nosso país”, disse a estudante. 

Outros indicativos 

Os dados da Comvest também mostram que outro aumento, mesmo que ligeiramente, foi no percentual de estudantes pretos e pardos matriculados, passando de 30% (1.019 matriculados) em 2023 para 30,5% em 2024, com 1.071 estudantes ingressantes, considerando todas as modalidades.  

Entre os candidatos isentos do pagamento da taxa de inscrição, que apresentam um perfil de vulnerabilidade socioeconômica, o índice de matriculados ficou em 14% contra 14,7% no ano anterior. O percentual considera as modalidades Vestibular Unicamp e Enem-Unicamp, para as quais é concedida a isenção da taxa, de acordo com o perfil dos estudantes. Nas modalidades Vagas Olímpicas, Vestibular Indígena e ProFis, as inscrições são gratuitas

Projeto Cria Unicamp 

Buscando contribuir com a preparação dos estudantes de ensino médio, a Comvest lançou, em 2023, o projeto Cria Unicamp. O evento, feito de palestras e aulas gratuitas, ocorre aos sábados, na sede da comissão, no campus de Campinas.  

Segundo a comissão, em 2023, o Cria Unicamp alcançou um público de 1.310 estudantes, em um total de nove encontros, entre os meses de abril e outubro. Um dos resultados comemorados pela Comvest é que 112 estudantes inscritos no Cria no ano passado conseguiram ingressar na Unicamp em 2024, sendo 42% deles vindos de escolas públicas. 

Para este ano, estão previstas quatro edições do projeto. Os dois primeiros encontros aconteceram em abril e reuniram cerca de 400 estudantes. As aulas abordaram dois dos livros cuja leitura será exigida no Vestibular Unicamp 2025: “A vida não é útil”, de Ailton Krenak, e “Morangos Mofados”, de Caio Fernando Abreu. 

As inscrições são realizadas pela página eletrônica da Comvest. Podem participar do projeto estudantes regularmente matriculados no ensino médio de escolas públicas e particulares da RMC (Região Metropolitana de Campinas), além das de Limeira e Piracicaba. Das 250 vagas, metade fica com alunos da rede particular de ensino, e a outra metade com alunos da rede pública. 

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Vitória Silva
Vitória Silva
Repórter no ACidade ON Campinas. Formada em Jornalismo pela Unesp, tem passagem pelos portais Tudo EP e DCI, experiência em gravação e edição de vídeos, produção sonora e redação de textos, com maior afinidade com temas que envolvem cultura e comportamento.
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