A PF (Polícia Federal) de Campinas deflagrou na manhã desta terça-feira (5) uma operação que investiga crimes contra o sistema financeiro nacional, através de operações de empréstimos ilegais.
Segundo a PF, estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Americana e Santa Bárbara d’Oeste.
Os mandados foram expedidos pela 9ª Vara Federal de Campinas, e têm por alvo o gerente de uma instituição financeira, acusado de facilitar a realização das operações de empréstimo com base em dados falsos.
Segundo a corporação, ao final dos procedimentos, o gerente figurava como um dos principais beneficiários das transferências fraudulentas. O desvio inicial apontado é de aproximadamente R$ 1,5 milhão.
Durante a manhã de hoje, foram encontrados na casa de um dos beneficiários diversos cartões em nomes de várias pessoas, cheques, contratos de empresas envolvidas na fraude e um celular. Já na casa do gerente foram apreendidos dois celulares, um notebook e cadernos com anotações do crime.
A INVESTIGAÇÃO
De acordo com a Polícia Federal, as investigações foram iniciadas após informações fornecidas pela própria instituição financeira, a qual noticiou os fatos após verificar que ao menos 136 contas foram abertas de forma fraudulenta, com base em documentos falsos providenciados pelo investigado e por outros beneficiários dos valores.
A operação foi denominada “O Administrador Infiel”. O nome, segundo a PF, faz alusão à atividade ilegal exercida pelo então gerente da instituição.
COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA
Durante a investigação, segundo a PF, foi constatado que os criminosos utilizaram documentos de identidade falsos ou de terceiros sem o conhecimento dos responsáveis, o que configura o crime de uso de documento falso ou de falsidade ideológica, para abertura de contas na instituição financeira.
Após a abertura de contas, os criminosos adquiriam os empréstimos para transferir para contas próprias ou pessoas próximas e da família.
Os responsáveis poderão responder por crime contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro e uso de documento falso.