A PF (Polícia Federal) deflagrou na manhã desta terça-feira (13) a Operação 1912 para investigar o tráfico internacional de drogas a partir do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. Segundo a polícia, a operação também apura os crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens obtidos com o lucro do tráfico.
A investigação começou após uma mulher ser presa em Viracopos no dia 16 de fevereiro. Ela foi presa com 474 comprimidos de MDMA, ocultados em caixas de balas, vindos da Alemanha e que tinham por destino a cidade do Guarujá. A mercadoria foi encontrada pela Alfândega do aeroporto.
A partir desta prisão, a PF descobriu que havia mais pessoas envolvidas no tráfico de drogas internacional, formando assim uma associação criminosa. A associação teria recebido, por meio de Viracopos, 10 remessas de drogas do exterior, totalizando-se 4505 comprimidos de MDMA. Todas essas remessas foram interceptadas pela Alfândega.
MUDANÇA DE AEROPORTO
Por conta dessas apreensões, as remessas começaram a migrar para outros aeroportos, tendo sido apreendidas drogas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro.
No entanto, a PF acredita que os traficantes tenham movimentado grande volume de droga no Brasil desde 2012. Nesse ano, dois integrantes já haviam sido presos na Europa enviando MDMA para o Brasil.
Sobre a lavagem de dinheiro, a PF informou que “há fortes indícios da remessa do dinheiro proveniente do tráfico internacional de drogas, por meio de contratos cambiais, utilizando-se interpostas pessoas para o ato”.
MANDADOS
Nesta terça-feira, estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária, nos municípios de Navegantes (SC) e também no Guarujá,. As pessoas responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro cujas penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão.
A polícia explicou que “essa fase da operação faz parte do processo sistemático e contínuo adotado pela PF, Ministério Público Federal e Receita Federal de repressão e descapitalização de organizações criminosas voltadas ao tráfico de drogas, com o principal objetivo de evitar a retroalimentação das atividades ilícitas.
A PF disse também que o nome da operação, 1912, é uma referência ao ano em que o MDMA (metilenodioximetanfetamina) foi sintetizado pela primeira vez.