A Polícia Federal de Campinas faz nesta quarta-feira (26) uma operação contra uma quadrilha envolvida em roubos de cargas e caminhão na região. Segundo a corporação, o grupo é investigado por assaltos nas regiões de Campinas, Vinhedo e Atibaia, mantendo vítimas em cárcere privado, com ameaças e violência.
São cumpridos hoje três mandados de prisão e dois mandados de busca e apreensão, e um homem já foi preso durante a manhã. Com ele, foram encontrados e apreendidos R$ 21,7 mil em dinheiro. Segundo a PF, o investigado tentou destruir o aparelho celular ao perceber a chegada da equipe.
Os mandados estão sendo cumpridos na cidade de Campo Limpo Paulista. Os presos serão encaminhados para a Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo, onde permanecerão à disposição da Justiça. A polícia ainda procura novas provas dos crimes da associação criminosa.
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A OPERAÇÃO
Segundo a Polícia Federal, a atuação de hoje faz parte da segunda fase da ‘Operação Malta’, que começou em março deste ano, sendo deflagrada pela PF com parceria da Polícia Rodoviária de o Estado de SP, com o objetivo de prender pessoas envolvidas com crimes violentos de roubo de caminhões e cargas nas rodovias da região de Campinas e Cajamar.
No total, 50 policiais federais e 35 policiais rodoviários deram cumprimento a 21 mandados judiciais, expedidos pela Primeira Vara Criminal da Comarca de Cajamar, sendo 13 mandados de prisão temporária e oito mandados de busca e apreensão nas cidades de Jundiaí e Jarinu, interior do estado de São Paulo.
“A investigação originária iniciou-se em 25 de janeiro na Delegacia de Polícia Federal em Campinas, conduzida pelo grupo especializado em roubo de cargas e caminhões, revelou que a associação criminosa era altamente especializada e ativa, tendo praticado sete roubos em um período de apenas 20 dias nas rodovias da região”, informou a corporação.
COMO AGEM
Usando de ameaça e violência, com armas de fogo, os criminosos mantêm os motoristas – e quem estiver com eles, inclusive famílias – reféns, obrigando as vítimas a fazerem transferências bancárias enquanto faziam o transbordo da carga e destinação dos veículos.
“Sem preferência específica por carga e com uso de equipamentos eletrônicos, a associação criminosa rondava as rodovias por horas em busca de um alvo ou oportunidade, havendo indícios que tenham praticado até quatro roubos em um só dia”, informou a PF.
OS PRESOS
Com 11 investigados presos no dia da operação, após as análises de conteúdo de material apreendido, a Polícia Federal identificou duas outras pessoas como integrantes da organização criminosa, sendo ambas localizadas e presas em São Paulo, em março e abril deste ano pela Polícia Militar.
Em 13 de abril, em Jundiaí, o líder da associação criminosa foi preso pela Polícia Militar Rodoviária do Estado de São Paulo e apresentado à Polícia Federal em Campinas.
Todos os presos nestas datas anteriores já foram denunciados Ministério Público do Estado de São Paulo e respondem ao processo presos.
“A Operação Malta – cujo nome significa bando de infratores – é resultado do investimento da Polícia Federal em especialização de um grupo que trabalha em conjunto com outras forças da Segurança Pública visando a desarticulação desse tipo de crime nas rodovias brasileiras. Com início dos trabalhos investigativos em dezembro/2021 o grupo foi responsável – sem contar as prisões de hoje – por 134 prisões, pela recuperação de veículos roubados no valor aproximado de 7,5 milhões de reais e pela desarticulação de várias organizações criminosas por meio das Operações Rapina (2022), Insídia, Malta, Caterva e Malta II”, completou a Polícia Federal.