A PF (Polícia Federal) de Campinas investiga um ex-gerente da CEF (Caixa Econômica Federal) suspeito de desviar cerca de R$ 1 milhão das contas de clientes idosos. Por conta da apuração, o órgão cumpriu mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (3) em endereços dele em Amparo. O homem usava os privilégios da função para pedir cartões e realizar movimentações financeiras.
Segundo o delegado-chefe da PF de Campinas, Edson Geraldo de Souza, os crimes resultaram em um desvio de mais de R$ 1 milhão e foram cometidos de outubro a novembro de 2022, enquanto o homem atuava na gerência de uma unidade do banco em Itatiba, na RMC (Região Metropolitana de Campinas).
Como o ex-gerente agia?
De acordo com Souza, o investigado usava os privilégios de seu cargo para pedir novos cartões, fazer cadastros e realizar outras movimentações financeiras, como transferências, saques, pagamentos e utilização de PIX. O profissional também aproveitava do cargo para fazer compras no débito.
“O que nós temos é uma constatação eletrônica já de todas as movimentações que foram feitas nas contas desses clientes através de PIX, internet banking e cartões de débito. O que nós temos também é a aquisição de itens de luxo comprados a partir das movimentações bancárias”, explicou em entrevista.
Além dos produtos que teriam sido adquiridos com o dinheiro, veículos e celulares relacionados ao suspeito também foram apreendidos nesta manhã. A partir das ações, a PF deve continuar com a apuração. A intenção é detalhar se o homem agia sozinho, ou se repassava os valores a terceiros (leia mais abaixo).
Quem são as vítimas?
Ainda conforme a investigação, pelo menos cinco clientes idosos da agência bancária foram lesados. As contas dos alvos eram escolhidas por terem altas quantias e poucas movimentações na época, o que facilitaria os crimes.
O homem foi demitido?
Os desvios foram percebidos pela Caixa e o ex-gerente foi demitido meses depois. As informações sobre as irregularidades foram compiladas e fornecidas pela corregedoria da instituição à PF, que abriu o inquérito em julho do ano passado.
A partir da apuração, a Polícia Federal obteve dois mandados de busca e apreensão para hoje. As ações foram autorizadas pela 1ª Vara Federal de Bragança Paulista e têm o objetivo de comprovar todas as irregularidades.
A CEF foi procurada, mas ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.
O que falta saber?
O delegado-chefe da PF, Edson Geraldo de Souza, diz que algumas transações e transferências eram realizadas para contas de terceiros, o que indica que mais pessoas podem ser investigadas a partir de agora. “Afinal, esses terceiros eram ‘laranjas’, ou ‘testas de ferro’? Ou não sabiam das irregularidades”, explica.
A pena pela prática de peculato pode chegar a 12 anos de prisão, segundo a PF.
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