Três casos de sequestros envolvendo aplicativos de relacionamentos foram registrados na região de Campinas em um mês. Em todos os casos, as vítimas foram levadas para cativeiros na Zona Norte da Capital Paulista.
De acordo com Elton Costa, delegado da DIG/Deic (Delegacia de Investigações Gerais/Divisão de Investigações Criminais) de Campinas, as ocorrências não estão ligadas, mas seguem um mesmo padrão. “A pessoa manda uma localização, dá uma desculpa e a vítima é surpreendida por pessoas armadas, sendo levada para o cativeiro. Todos esses tipos de crime acontecem na comunidade da Brasilândia e suas adjacências”.
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O mais recente caso foi registrado nesta sexta-feira (3), quando um homem de 44 anos foi liberado do cativeiro e trazido para a DIG de Campinas. Ele estava bastante ferido e relatou agressões. “A vítima está muito abalada psicologicamente, muito nervosa, quando a encontramos, ela estava em choque e também está muito machucada”, relata o delegado.
A polícia chegou ao cativeiro por causa da localização do celular, que foi gerada no momento em que ele fez a transferência bancária. A EPTV Campinas teve acesso às imagens do local, veja abaixo:
Além das transferências realizadas pela vítima, familiares e amigos também depositaram quantias aos bandidos. O prejuízo foi de cerca de R$ 20 mil. Três pessoas foram presas. “No imóvel, encontramos o primeiro rapaz, que foi reconhecido pela vítima. Identificamos as pessoas que tinham recebido os valores. Conseguimos encontrar essas pessoas em seus endereços e trouxemos para a delegacia de Campinas”. explica o delegado.
OUTROS CASOS
Um outro sequestro aconteceu na região em menos de 24 horas. Na quinta-feira (2), um morador de Valinhos foi resgatado pela polícia, também na zona norte da Capital Paulista. Nas duas ocasiões, as vítimas usaram um aplicativo de relacionamentos para marcar encontros e são rendidas por bandidos.
As conversas ocorriam por mensagens de texto de áudio, mas as golpistas não chegavam a fazer chamadas de vídeo. Fotos de outras mulheres eram enviadas para as vítimas. “Elas se utilizam de fotografias de pessoas mais atraentes, até, mas nas ligações, nas mensagens de áudio, eram elas mesmas”, conta o delegado.
O primeiro caso aconteceu há menos de 30 dias, mas a vítima foi liberada.
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