A Polícia Federal de Campinas cumpriu na manhã desta quinta-feira (15) mandados de busca e apreensão contra crimes de pornografia infantil. Segundo a corporação, o principal suspeito de autoria dos abusos é de Campinas. Os investigados foram entrevistados nos locais de buscas e serão ouvidos novamente após resultados dos exames periciais nos materiais apreendidos.
De acordo com a Polícia Federal, quatro mandados foram expedidos pela 9ª Vara Federal de Campinas e pelas Varas Federais de São João da Boa Vista e Jundiaí. Foram cumpridos um mandado em Campinas, um em Indaiatuba, um em Mogi Mirim e um em Jundiaí. Nos locais, foram apreendidos dispositivos eletrônicos, como celulares e HDs de computadores.
Ainda segundo a corporação, um dos investigados é suspeito também de produzir os conteúdos, podendo responder por estupro de vulnerável.
“Conforme apurado durante as investigações, as imagens de abuso sexual infantil foram distribuídas por redes sociais e aplicativo de mensagens, tanto em conversas privadas como em grupos. A princípio não há ligação entre os investigados. Há indícios de que um dos investigados seja suspeito de, não só disseminar arquivos, mas também de proceder a produção de imagens com conteúdo de pornografia infantil, podendo, portanto, responder ainda por estupro de vulnerável”, informou em nota a Polícia Federal.
LEIA MAIS
Ganhador da Mega-Sena assassinado fez aposta campeã de R$ 47,1 mi em lotérica de Campinas
Guarda Municipal resgata Rottweilers em situação de maus-tratos em Vinhedo
De acordo com a PF, um dormitório visitado pela equipe foi identificado como o mesmo quarto que aparece em videochamadas realizadas por um dos investigados, que fazia contato com menores de idade.
“Esforços estão sendo realizados para identificar os menores vítimas dos abusos”, completou a nota. As investigações fazem parte da “Operação Hora da Infância” e, segundo a polícia, terão continuidade com a análise do material apreendido, hoje, por exame pericial.
PRISÃO
Em caso de prisão, os investigados podem responder pelos crimes previstos no artigos 241-A e 241-B do ECA, que podem chegar a 10 anos de reclusão e multa. Os artigos se referem ao crime de adquirir, possuir, armazenar, transmitir ou publicar registros que contenham cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. Já se comprovado o crime de produção e estupro de vulnerável, as penas somadas podem chegar a 27 anos de prisão.
“A Polícia Federal informa que mantém um grupo especializado na repressão de tais crimes na Delegacia de Polícia Federal em Campinas e que conta com o apoio e reconhecimento do SERCOPI/DRCC (Serviço de Repressão aos Crimes de Ódio e Pornografia Infantil, da Polícia Federal, em Brasília), além de estar instrumentalizada com programas eficazes e cruzamentos de dados, utilizados durante as investigações, que ajudam a identificar com mais agilidade pessoas que promovem a disseminação de arquivos com conteúdo de abuso sexual infantil”, completou a corporação.
LEIA TAMBÉM
Anatel libera ativação do 5G em mais 7 capitais a partir da próxima segunda; veja quais são