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CotidianoPolícia investiga agressão de pai e filho contra adolescente negro em Piracicaba: "macaco"

Polícia investiga agressão de pai e filho contra adolescente negro em Piracicaba: “macaco”

Caso aconteceu ontem em frente a unidade de ensino é investigado pela polícia

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Caso aconteceu em frente a unidade de ensino (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)
Caso aconteceu em frente a unidade de ensino (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)

A Polícia Civil de Piracicaba investiga um caso lesão corporal e injúria racial que teria ocorrido em frente a uma unidade da rede de ensino estadual da cidade. Um estudante de 15 anos, e o pai dele, de 55 anos, teriam agredido um adolescente negro, de 17 anos, na entrada da E. E. Pedro de Mello, no bairro Tupi. O caso aconteceu ontem. Além de ter sido agredida com um ‘mata-leão’, a vítima teria sido xingada de “macaco” pelo homem.

A AGRESSÃO

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Segundo o boletim de ocorrência, o adolescente de 15 anos teria ido até a entrada da da unidade de ensino junto com o pai, de 55 anos, e os dois esperaram até que a vítima descesse do ônibus. Assim que o jovem saiu, foi agredido pelos dois, que seguraram a vítima e deram socos e golpes de mata-leão junto com xingamentos e ofensas raciais.

Em entrevista à EPTV, o jovem contou como começaram as agressões.

“Fui pego de surpresa. Eu estava descendo do ônibus 6h e ele veio perguntando para mim ‘você sabe quem eu sou’. Nisso eu estava olhando para ele, e o filho dele veio por trás de mim, eu nem vi. Ele me deu um mata-leão, me segurou pelos dois braços, meio que me segurou por trás. Nisso eu tentei me soltar e o pai dele falou ‘segura ele aí, esse macaco’. Nessa hora eu tentei me soltar e ele deu um murro em mim, acertou o soco na minha cara”, relatou.

Outro aluno que estava no local também confirmou as agressões. “O pai dele (do adolescente) falou pra segurar, falou assim ‘segura esse macaco’. Aí quando ele segurou deu um soco. Eu soltei minhas coisas e fui ajudar ele e chegou outro amigo nosso para ajudar também”, contou.

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Segundo o registro policial, o diretor da unidade de ensino também teria sido intimidado pelo homem, que chegou a pegar na cintura para intimidar e simular que estava armado.

Depois de analisar as imagens de câmeras de segurança que mostraram as agressões, os policiais foram até a casa dos suspeitos, que não foram localizados. Na residência, no entanto, havia uma cápsula deflagrada de munição calibre .38 caída na garagem, embaixo de um caminhão.

 

 

Adolescente teve ferimentos no rosto e machucado na perna (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)
Adolescente teve ferimentos no rosto e machucado na perna (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)

CONFUSÃO ANTERIOR

Segundo a polícia, a agressão foi motivada após uma confusão envolvendo a irmã da vítima, que foi ofendida pelo adolescente agressor, que estuda na mesma sala que ela, no final do mês passado.

Em depoimento, o jovem de 17 relatou que o adolescente teria xingado a irmã dele de “vagabunda” após ela ter repreendido ele por comentários sobre corpos de meninas da escola.

Após a menina chegar em sua casa chorando, o irmão foi tirar satisfação com adolescente, e pediu para que ele se desculpasse com ela.

“Tinham dois alunos da sala da minha irmã falando sobre corpo de mulheres, falando mal. Daí ela ouviu e falou que era feio isso que eles estavam fazendo e que não era para fazer. Aí um desses meninos olhou e chamou ela de vagabunda, aí chamei ele para conversar. Perguntei se ele achava certo isso, que era falta de respeito e mandei ele pedir desculpa na minha frente, que eu queria ver. Falei pra ele que se ele mexesse com ela mais uma vez, ele iria entrar em um B.O”, contou.

Após a conversa, o jovem de 15 anos teria dito ter sido ameaçado à direção, e os dois foram expulsos por dois dias.

“Ele foi na diretoria depois falar que eu estava ameaçando ele e o diretor deu dois dias de suspensão, para mim, pro meu primo e para ele. Daí ontem eu desci do ônibus e o pai desse menino veio me agarrando pela camisa e falando que eu estava mexendo com a pessoa errada”, finalizou.

MÃE RELATA MEDO

A mãe da menina e do jovem agredido contou que soube sobre a discussão na unidade de ensino, mas achou que a situação já estava resolvida.

“Ela chegou triste aqui chorando da escola, falando que o menino tinha xingado ela de vagabunda. Eu fiquei desesperada, ainda mandei mensagem na escola, eles me responderam também, falaram que já tinham conversado com eles e que ia ficar pra eles conversarem na segunda-feira, da minha filha com o menino. Pra mim já estava resolvido. Agora dá até medo de mandar eles na escola”.

O QUE DIZ A SECRETARIA DE EDUCAÇÃO?

Procurada, a secretaria Estadual de Educação informou que no momento das agressões  funcionários da escola que acompanhavam a entrada dos estudantes intervieram e acionaram as autoridades de segurança pública.

“A gestão escolar prestará todo o apoio necessário ao estudante e uma equipe regional do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva SP) irá até a unidade para intensificar estratégias de mediação de conflitos entre os alunos”, complementou

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