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CotidianoPolícia investiga ataques racistas contra estudante de escola particular de Valinhos

Polícia investiga ataques racistas contra estudante de escola particular de Valinhos

Mensagens ofensivas contra estudante negro foram encaminhadas em grupo de WhatsApp; vítima pede a expulsão dos autores

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Fachada do prédio do Deinter 2, em Campinas (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Fachada do prédio do Deinter 2, em Campinas (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

A Polícia Civil investiga um grupo de alunos de uma escola particular de Valinhos após ofensas contra um colega negro do mesmo colégio. Segundo a mãe da vítima, o estudante de 15 anos foi colocado em um grupo de WhatsApp em que foram enviadas mensagens racistas, xenofóbicas, gordofóbicas e com referências ao nazista Adolf Hitler e o fascista italiano Benito Mussolini.

À EPTV Campinas, o diretor do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior 2 (Deinter-2), José Henrique Ventura afirmou que os responsável estão sendo identificados e que pelo menos um crime foi cometido. O crime aconteceu com estudantes do Colégio Porto Seguro, que afirmou repudiar qualquer ato racista (veja a nota completa abaixo).

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Entre as mensagens enviadas no grupo estava o seguinte: “Quero que esses nordestinos morram de sede”. Outra pessoa compartilhou uma imagem com Hitler e os dizeres “se ele fez com judeus, eu faço com petistas também”. Após ser adicionado no grupo e questionar as imagens, o aluno negro foi excluído.

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Mensagens foram divulgadas em um grupo de WhatsApp (Foto: Reprodução EPTV)
Mensagens foram divulgadas em um grupo de WhatsApp (Foto: Reprodução EPTV)

MANIFESTAÇÃO NO COLÉGIO

Na manhã desta terça-feira (1º), o jovem fez uma manifestação na escola em que frequenta. Em cima de uma mesa e com megafone na mão, ele disse que ninguém vai aceitar preconceito. “Pra todos esses alunos que fizeram esses comentários, é expulsão neles. Eles não podem ficar nesta mesma escola”, disse durante o ato acompanhado de amigos.

À reportagem, o jovem afirmou que criou coragem para protestar por não se sentir confortável em estudar em uma escola em que pessoas fazem referência a nazistas. “A gente não se sente confortável na mesma escola de racistas, de nazistas. A gente fez esse protesto para exigir que isso aconteça mesmo e para não abafar o caso. Para não deixar as pessoas esquecerem. As pessoas têm que lembrar”, disse.

A vítima das agressões preconceituosas afirma que se revoltou e que sente vontade de lutar para que isso acabe. “Eu sinto raiva. Às vezes você até se sente culpado. É algo revoltante. Você quer lutar, não importa o quanto você se esforce, não importa se você não vai dormir, você quer lutar, você quer que isso acabe”.

INVESTIGAÇÃO

De acordo com o delegado Ventura, a Polícia Civil começou a investigar o caso e que ele será reportado para o juizado de Infância e Juventude porque envolve menores de 18 anos. “Pode ser até apologia a alguma outra coisa, mas a injúria racial está caracterizada. Esse expediente será encaminhado provavelmente ainda hoje para o Juizado da Infância e Juventude. Lá o Ministério Público vai se manifestar”, disse Ventura.

 

“O juiz da Infância e Juventude vai instruir e aplicar a penalidade que ele achar aplicável ao caso que não seja medida restritiva de liberdade porque são adolescentes”, afirmou o diretor do Deinter-2.

 

O OUTRO LADO

Em nota, o Colégio Porto Seguro afirmou que repudia qualquer ação e ou comentários racistas contra quaisquer pessoas e que realiza palestras, orientações e projetos sobre diversidade. “Os atos de injúria racial não são justificados em nenhum contexto”.

“Considerando que a construção de uma sociedade livre, justa e igualitária pressupõe o respeito à diversidade e as liberdades. O Colégio não admite nenhum tipo de hostilização, perseguição, preconceito e discriminação. Vale lembrar que em todo o campus do Colégio são realizadas palestras, orientações educacionais e projetos sobre a diversidade de opinião, de raça e gênero para alunos e comunidade escolar”, completou. 

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