A Polícia Civil de Valinhos abriu um inquérito para investigar um psicólogo suspeito de abusar de menores de idade em uma clínica para a qual trabalhava. Rafael Ladenthin Menezes, de 39 anos, está preso temporariamente desde o dia 18 de julho após a família de um menor procurar a delegacia para reportar os abusos durante sessões de terapia. A prisão temporária, que venceria no domingo (18), foi prorrogada por mais 30 dias porque novas vítimas surgiram.
Segundo a polícia, ao menos cinco famílias de adolescentes que teriam sido vítimas do psicólogo já procuraram a Polícia Civil para prestar depoimento.
No entanto, de acordo com mães ouvidas pela EPTV Campinas, cerca de 10 boletins de ocorrência já foram registrados contra ele. Todas as vítimas são meninos que frequentavam a terapia há mais de um ano e que têm relatos semelhantes sobre a violência sofrida, como abraços e outros toques não permitidos, além de exposição a filmes para maiores de 18 anos.
“Meu filho estava há quase um ano já em processo de terapia com esse psicólogo, quando trouxe enfaticamente, fortemente: ‘mamãe, eu não aguento mais os abraços que ele me dá’”, disse uma mãe que preferiu não se identificar em entrevista. O filho dela tem 11 anos e era um dos pacientes de Rafael.
O caso foi registrado pela DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Valinhos como estupro de vulnerável, uma vez que as vítimas eram menores de 14 anos.
De acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública), os processos envolvendo crimes sexuais tramitam em segredo de justiça, portanto as informações da investigação serão restritas às partes e advogados.
Investigação
À EPTV, o advogado de defesa, João Paulo Sangion, afirmou que seu cliente nega as acusações e que Rafael tem “compromisso ético profissional no exercício de sua profissão”.
“O meu cliente se declara inocente. Todos os questionamentos estão sendo respondidos no inquérito policial, que é o procedimento adequado para isso, e ele ressalta o compromisso dele com a prática ética e profissional em relação ao exercício da sua profissão. O investigado tem o direito de aguardar em liberdade os próximos passos”, declara o advogado.
Rafael atende em uma clínica no bairro Paiquerê. O inquérito policial contra o psicólogo corre sob sigilo, mas o procedimento foi aberto no dia 11 de julho deste ano após a família de um menor procurar a delegacia para reportar os abusos durante sessões de terapia.
O suspeito está preso temporariamente desde o dia 18 de julho por determinação da 3ª Vara Judicial. À época, o consultório do psicólogo foi alvo de mandado de busca e apreensão e, além disso, a Justiça quebrou o sigilo telefônico (ligações) e telemático (mensagens) do celular e notebook dele.
A prisão temporária, que venceria no domingo (18), foi prorrogada por mais 30 dias porque novas vítimas surgiram. A defesa já tentou revogar a decisão e teve os pedidos negados pela Justiça. Em um dos pedidos, a juíza reafirmou a necessidade de manter o psicólogo preso.
“Afirmo que tal medida (prisão) é imprescindível para o deslinde da investigação, eis que se trata de delito gravíssimo, revelador da audácia e destemor de quem o pratica, firmando o desrespeito do investigado com seus pacientes e familiares”, disse a magistrada.
*Com informações de Júnia Vasconcelos/EPTV Campinas
Quer ficar ligado em tudo o que rola em Campinas? Siga o perfil do acidade on Campinas no Instagram e também no Facebook.
Receba notícias do acidade on Campinas no WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o link aqui!
Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Campinas e região por meio do WhatsApp do acidade on Campinas: (19) 97159-8294.
LEIA TAMBÉM NO ACIDADE ON PIRACICABA
Suspeito de tentativa de feminicídio e de homicídio é preso em Piracicaba
Consultas e exames em Piracicaba passam a ser feitos no prédio da Prefeitura