A Polícia Civil ouviu nesta quinta-feira (10) o depoimento do motorista de transporte executivo que estava transportando o suboficial da aeronáutica, de 48 anos, que morreu durante um assalto na Rodovia Miguel Melhado Campos (SP-324), na madrugada de segunda-feira (7), em Campinas. O corpo do militar foi enterrado hoje, em Salvador, na Bahia.
De acordo com o delegado do caso, José Glauco Ferreira, o motorista ainda está abalado e seu depoimento não permitiu a identificação dos suspeitos. A Polícia ainda vai buscar outras testemunhas, aguarda laudos da perícia e procura por imagens gravadas no trajeto entre as cidades de Louveira e Campinas.
O delegado ainda explicou que a contratação do serviço foi feita de forma aleatória e o motorista não conhecia a vítima. O caso é investigado como latrocínio, roubo seguido de morte, porque os criminosos levaram o celular e a maleta do militar.
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O CRIME
Sena foi atingido na nuca e morreu no local. O motorista do táxi executivo em que a vítima estava foi atingido de raspão no rosto por um dos disparos. Ele recebeu atendimento e não corre risco de vida. O carro passava pela Miguel Melhado, mais conhecida como Vinhedo-Viracopos por volta de 4h30, quando foi alvejado.
Depois de disparar, os bandidos desceram do veículo que usavam e levaram a maleta e o celular do militar. Ferido, o condutor do táxi, de 45 anos, conseguiu dirigir até a base da PM que fica na área do aeroporto.
A polícia disse que Sena não estava armado e que, além do carro de onde surgiram os disparos, uma van estaria envolvida na ação criminosa.
“Essa van surgiu na frente, diminuiu a velocidade, fazendo com que o motorista, para não colidir, freou o carro. A gente não consegue entender ainda essa violência gratuita… não houve nenhuma reação, não havia ali arma, nem o seu próprio instrumento (musical). Me parece que são documentos (na maleta) que vamos ainda confirmar, averiguar com melhor cautela”, disse o delegado José Glauco Ferreira, da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Campinas.
FAB
A FAB (Força Aérea Brasileira) lamentou na segunda a morte do suboficial. Em nota oficial, a FAB disse que o militar era do efetivo da Base Aérea de Brasília. “A Instituição expressa suas condolências e presta todo o apoio à família do militar nesse momento de pesar. A FAB acompanha a elucidação dos fatos e colabora com as investigações do ocorrido”.
MÚSICO
Nas redes sociais, Ricardo Sena tinha um canal onde publicava seus trabalhos artísticos. Tubista, formado pela UFBA (Universidade Federal da Bahia), chegou a tocar instrumentos de sopro aos 13 anos. Participou de diversos grupos musicais, além de bandas. Hoje, a Escola de Música da UFBA publicou uma nota de pesar.
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