O Deinter 2 (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior 2) quer criar um cinturão de segurança composto por câmeras de monitoramento na região de Campinas. A informação foi repassada pelo delegado responsável pelo departamento, José Henrique Ventura. A ideia foi defendida em uma reunião com o Conselho de Desenvolvimento da RMC (Região Metropolitana de Campinas), realizada em Jaguariúna, nesta semana.
De acordo com o delegado, essa ‘muralha digital’ seria responsável por integrar câmeras instaladas em todas as cidades da região com os bancos de dados do estado de São Paulo, além das forças policiais e guardas dos municípios da RMC por meio de um convênio.
Segundo Ventura, 19 das 20 cidades pertencentes à RMC já assinaram os convênios com o Estado, que vão permitir o compartilhamento de dados e de tecnologias no combate ao crime, como o boletim de ocorrência único e o reconhecimento facial. A tecnologia também irá permitir a localização de desaparecidos e até a prisão de condenados pela Justiça. O município que ainda não formalizou o convênio não foi divulgado até o momento desta publicação.
“É importante formalizar a parceria com os municípios através dos convênios de cooperação técnica. Precisamos contar com as guardas municipais como força auxiliar”, disse Ventura.
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COOPERAÇÃO MÚTUA
De acordo com Ventura, a proposta é oferecer uma cooperação mútua entre estado e municípios. Enquanto as cidades fornecem as imagens das câmeras de segurança, o estado disponibiliza informações referentes aos casos investigados.
Segundo o delegado, um estudo da Agemcamp (Agência Metropolitana de Campinas) já apresentou uma forma de montar esse cinturão digital com a transmissão de dados de cada município para a área da RMC, concretizando uma muralha de policiamento.
“Então, as cidades se comunicam não só por imagens, mas por informações. É um trabalho importante que está sendo desenvolvido através da RMC”, completa Ventura.
ADEQUAÇÕES E PRAZOS
Para tornar esse projeto possível, Ventura disse que os municípios precisam adequar as câmeras que farão o monitoramento das cidades. Além disso, o software a ser utilizado deverá ser uniforme para que a parceria funcione.
Apesar de não apresentar um prazo concreto, Ventura disse que, após a adequação dos equipamentos e a assinatura do convênio por parte dos municípios, não demorará para que o sistema comece a funcionar na RMC, uma vez que já é uma realidade na metrópole de Campinas.
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