O policial civil de Barretos preso após o roubo a uma casa em Campinas em junho do ano passado foi condenado a 15 anos de prisão em regime fechado nesta quinta-feira (2).
Conforme a decisão da juíza da 1ª Vara Criminal da cidade, Patrícia Suárez Pae Kim, além de perder o cargo de policial, o réu não poderá recorrer em liberdade.
“Verifica-se que o réu é policial civil e, dessa forma, a sua conduta deveria se pautar pelo cumprimento à lei e defesa da sociedade”, justificou a magistrada.
Em outro trecho da sentença, Pae Kim descreve o crime como “gravíssimo” e cita também o fato da ação criminosa envolver duas crianças como vítimas.
O condenado atuava como fotógrafo técnico policial e foi identificado e preso dias depois do roubo, após esquecer a arma na residência invadida.
O CRIME
O crime ocorreu no Jardim das Paineiras, na região do Shopping Iguatemi, em Campinas, na madrugada de 9 de junho de 2021. A quadrilha entrou na casa por volta das 4h.
No local, moram dois adultos e duas crianças, que foram rendidos e colocados no closet de um dos quartos. O casal de adultos foi amarrado depois de ser ameaçado por armas de fogo.
Conforme as vítimas, o bando estava recolhendo vários produtos quando encontraram uma arma de airsoft. Os bandidos acharam que se tratava da casa de um policial, mas as vítimas negaram e explicaram que era de brinquedo.
Antes da fuga, os bandidos se confundiram e deixaram uma arma que utilizaram no roubo na casa e levaram o equipamento de airsoft. Os criminosos levaram dinheiro, joias, uma câmera fotográfica e uma bicicleta avaliada em R$ 60 mil.
INVESTIGAÇÃO
As investigações começaram e a arma deixada na casa não estava com a numeração raspada. Ela foi identificada e, com isso, os investigadores chegaram ao fotógrafo policial de Barretos.
Na época, a polícia investigava e tentava identificar ainda outros cinco criminosos que estariam envolvidos.
Um dia antes do crime, inclusive, o carro dele foi identificado em Hortolândia. O suspeito também já trabalhou como agente penitenciário no Complexo Campinas-Hortolândia.
A SSP (secretaria de Segurança Pública) do Estado confirmou que o policial foi reconhecido pelas vítimas e as investigações prosseguem pela 2ª Corregedoria Auxiliar de Campinas.