O aumento no preço do gás de cozinha, anunciado ontem (10) pela Petrobras, já chegou nas distribuidoras de Campinas. Nas revendedoras da cidade, o preço do gás chega a R$ 135. Alguns locais ainda relatam falta de estoque, após alta procura depois do anúncio do reajuste.
Ontem, a Petrobras anunciou um reajuste do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo). A partir de hoje, o preço médio de venda do GLP da Petrobras, para as distribuidoras, subirá de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg.
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O reajuste reflete o aumento médio de R$ 0,62 por kg. De acordo com a empresa, o último ajuste de preços vigorou a partir de 9 de outubro do ano passado.
Além do reajuste no gás, houve reajustes de preços de venda da gasolina e diesel. O aumento também já foi notado em postos da cidade, e ontem, causou fila de motoristas que procuravam abastecer veículos antes do aumento do preço.
EM CAMPINAS
Um levantamento feito em dez distribuidoras pela EPTV Campinas apontou que o reajuste já afeta o consumidor. O aumento geral no preço dos botijões é 16%.
O valor mais barato encontrado foi de R$ 98 para retirada em uma distribuidora na Vila Lemos. O local, no entanto, afirmou que ainda não repassou o aumento ao consumidor, mas deve aumentar o preço em breve.
Já, grande parte das distribuidoras ouvidas pela reportagem informou que está repassando o aumento hoje. O valor para retirada do botijão passou da média de R$ 100 para R$ 120 a retirada. Já para a entrega, os valores passaram em média de R$ 110 para R$ 130, chegando a R$ 135 em ao menos três distribuidoras de Campinas.
Os valores já geraram reclamações de clientes. “Foi muito alto, é muita coisa pra população, tem muita gente desempregada, passando dificuldades. Pesa muito, penso muito nas pessoas que mais vulneráveis que estão sofrendo muito”, lamentou Heloísa Carvalho, professora aposentada que comprou um botijão hoje.
AUMENTO NA PROCURA
Em todas as distribuidoras contatadas, foi sinalizado um aumento alto na procura por clientes, que querem comprar botijões com valor mais em conta.
Quatro distribuidoras, com sedes no Jardim Chapadão, Chácaras Campos dos Amarais, Taquaral e Vila Teixeira afirmaram que já estão sem estoques de botijões.