A Prefeitura de Campinas assumiu os custos da compra e manutenção da decoração formada pelos guarda-chuvas que cobrem e decoram a Rua 13 de Maio – principal corredor do comércio da região central. A secretaria de Serviços Públicos adquiriu 1,5 mil itens, sendo 600 de tamanho grande e 900 pequenos, totalizando um investimento de R$ 56,8 mil.
No próximo domingo (4), funcionários da Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento) farão a substituição dos guarda-chuvas no local, porém a Administração ainda não sabe quantos objetos serão usados nessa reposição.
A constante troca dos objetos se faz necessária devido à ação do tempo e das chuvas, conforme informado pela Administração Municipal. Anteriormente, a construtora Patriani era responsável pela manutenção das sombrinhas como parte de uma contrapartida. A construtora implementou a decoração no final de 2022 e cuidou dela pelos últimos 12 meses. Pelo projeto original são utilizadas na cobertura 3,1 mil unidades.
A reportagem questionou qual será a periodicidade dessa reposição, agora, a cargo da Prefeitura -, mas a pasta informou que não consegue quantificá-lo já que os danos estão atrelados aos estragos causados pelo tempo. Ainda foi questionado o teto máximo de gastos previstos para a manutenção dos itens, mas a resposta foi a mesma: os guarda-chuvas serão trocados conforme a necessidade.
A Emdec informou que a manutenção dos itens só pode ser feita aos domingos, em função do alto fluxo de consumidores no calçadão. A última manutenção estava prevista para o último domingo, dia 28, mas por causa da chuva foi cancelada.
Pelas ruas
Quem costuma passar pela Rua 13 de Maio já se acostumou com a decoração das sombrinhas no local, mas tem morador de Campinas que acha o dinheiro mal investido.
“Eu tenho plano de saúde. Mas, e quem não tem? Tá sobrando remédio em Campinas pra Prefeitura ficar colocando dinheiro aqui?”, disse a bombeira-civil Beatriz Carvalho, de 31 anos.
A irmã de Beatriz, Malena Santos, de 28 anos, também acha que o investimento nessa decoração poderá ir para outra área. “Poderia ser investido em coisas mais úteis, como na educação”.
Para a dona de casa Sônia Gisele Félix do Nascimento a cidade deveria ter outras prioridades. “Acho um absurdo ficar trocando guarda-chuva com tantas pessoas passando fome”.
Já a dona de casa Eliziane Silva Pereira, de 34 anos, gosta dos guarda-chuvas. “É bonitinho quando fica organizadinho. Se bem que nunca fica”, terminou.
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