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CotidianoPrefeitura e polícias anunciam ações para impedir 'rolezinhos' de motos após acidente com mortes

Prefeitura e polícias anunciam ações para impedir ‘rolezinhos’ de motos após acidente com mortes

Entre as medidas está o monitoramento para identificar encontros de motocicletas; evento com 200 pessoas deixou três mortos no sábado (22)

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A Prefeitura de Campinas anunciou nesta quinta-feira (27) uma série de ações conjuntas entre as áreas de segurança pública e os setores da Administração para inibir os “rolezinhos” de motos na cidade. No sábado (22) um evento com 200 motocicletas deixou três pessoas mortas e ao menos 27 feridas na Rodovia Santos Dumont (SP-075) – leia mais abaixo.

Uma das principais iniciativas será o monitoramento e a troca de informações em tempo real entre os setores de inteligência das forças policiais. A estratégia é para identificar encontros de motocicletas e coibir as atividades antes que elas aconteçam ainda nas redes sociais.

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Além disso, a Prefeitura planeja intensificar as operações conjuntas e periódicas entre a Guarda Municipal e a Polícia Militar. A atuação em conjunto das forças de segurança é para aumentar a presença policial me pontos estratégicos.


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Outra medida importante é o reforço nas operações “Placa Escura” da Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas). Essas operações têm como objetivo fiscalizar veículos com placas encobertas ou ilegíveis, o que pode ser uma prática comum entre alguns participantes de “rolezinhos” (leia mais abaixo).

Motos que apresentem indícios de adulteração também serão fiscalizadas. Em caso de confirmação, esses casos serão conduzidos à Polícia Civil para providências. Vale destacar que uma alteração recente no artigo 311 do Código Penal prevê que pessoas circulando com veículos com placas e números de chassi e de motor adulterados são passíveis de pena de prisão e sem direito à fiança.

“A reunião foi fundamental para definir ações em conjunto das forças de segurança e da Emdec para inibir ações como este ´rolezinho´ que resultou em três mortos e 27 feridos no último sábado. O município vai promover ações importantes para que eventos como esse não aconteçam na cidade”, declarou o prefeito Dário Saadi (Republicanos).

“O alinhamento dessas ações vai resultar em uma fiscalização mais eficiente para tornar o trânsito mais seguro e impedir as pessoas envolvidas nesse rolê acabem incomodando o restante da população”, salientou o diretor do Deinter-2, Fernando Bardi.

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OPERAÇÃO PLACA ESCURA

A Emdec vai reforçar a Operação Placa Escura, que tem como objetivo fiscalizar os motociclistas que tentam burlar os radares colocando a mão na placa do veículo, para esconder a numeração. No evento do último sábado, motos foram flagradas a 120 km/h. Ao todo, foram registradas 60 multas por excesso de velocidade. As infrações foram captadas por radares na Avenida Prestes Maia, no Jardim do Trevo.

“Estes motociclistas fazem isso para não serem multados. E as nossas ações, por meio da fiscalização dos radares em tempo real, permitem que a gente identifique os motociclistas que têm essa atitude e conseguimos abordá-los e aplicar as autuações pertinentes”, explica o gerente de Fiscalização e Operação da empresa de trânsito, Claudionir Thomás De Sá.

INVESTIGAÇÃO

A Polícia Civil de Campinas confirmou nesta quinta-feira (27) que os organizadores do chamado “rolezinho”, que envolveu mais de 200 motos e que terminou com a morte de três pessoas, foram identificados e ouvidos. O número de pessoas apontadas como responsáveis por marcar o evento não foi detalhado pelos investigadores.

De acordo com a corporação, o caso foi registrado como lesão corporal e homicídio culposo na direção de veículo automotor. Além disso, a polícia já havia confirmado que abriu um inquérito para apurar a aglomeração e a série de colisões que causou as mortes na via, já que a ilegalidade do evento está comprovada.

VÍDEO MOSTRA ACIDENTE

Um vídeo enviado à EPTV Campinas mostra o momento da primeira batida que provocou o acidente. As imagens foram feitas por uma câmera no capacete de um dos participantes. A moto foi flagrada trafegando pela via a 120 km/h. No vídeo dá para ver o instante em que um motociclista bate na traseira de uma moto que reduziu a velocidade. Logo em seguida, ocorrem várias colisões.

O entregador Gerônimo dos Santos Moura estava com a câmera no capacete e conseguiu registrar o momento do acidente. Ele conta que motociclistas começaram a acelerar depois que a PM (Polícia Militar) começou uma perseguição ao grupo. Após a batida, ele retira o capacete e o coloca no chão, mas a câmera continua ligada e gravando o desespero dos envolvidos.

Nas imagens gravadas no capacete é possível ver que em menos de um minuto após as batidas uma viatura da PM chega ao local. “Não deu para evitar. Estava todo mundo andando muito rápido, não tinha como evitar. O que eu vi primeiro foi uma mulher ‘voando’ na frente. Aí a moto que passa na frente enrosca a perna e depois não deu para ver mais nada”, explica ainda Gerônimo.

O ‘ROLEZINHO’

De acordo com a Polícia Rodoviária, o grupo com cerca de 200 motos se reuniu na Vila Castelo Branco, em Campinas, e passou por vários pontos da cidade. Muitos moradores filmaram a passagem das motos em diversos bairros durante a madrugada por causa do barulho dos escapamentos das motos. Imagens registradas pela cidade também mostraram várias irregularidades, como motociclistas empinando ou até andando na contramão de vias. Muitos motoristas que passavam perto do grupo tiveram que tomar cuidado para não se envolverem em acidente com o grupo.

Quando o grupo chegou à Rodovia Santos Dumont houve um engavetamento seguido de atropelamento entre as motos do grupo. Alguns motociclistas perderam o controle do veículo na aglomeração, duas mulheres e um homem morreram após as colisões. O acidente ocorreu por volta das 2h da madrugada, na altura do km 72. Equipes da Perícia Técnica da Polícia Científica foram direcionadas ao local do acidente. O grupo acabou se dispersando.

A Polícia Civil de Campinas divulgou a identidade das três vítimas fatais que morreram durante o acidente: Bruna Maldonado Martins, de 33 anos, Diogo Henrique Pereira, de 19 anos e Leonardo Souza Gomes, de 29 anos. As vítimas morreram no local. A maior parte das 27 pessoas que ficaram feridas, atendidas em hospitais da cidade, deixaram as unidades médicas ainda no final de semana.


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