Com informações de Bianca Rosa/EPTV Campinas
O número de processos trabalhistas registrado pelo TRT 15 (Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região) em Campinas e outras sete cidades paulistas saltou de 4.795 de janeiro a julho de 2021 para 6.254 no mesmo período deste ano, o que corresponde a um aumento de 30,42%. O patamar faz o desembargador do órgão, Samuel Hugo Lima, alertar empresas e trabalhadores (leia abaixo).
De acordo com os dados do TRT 15, nos primeiros sete meses de 2021 e 2022 o total de novos processos trabalhistas relacionados a doenças ocupacionais foram semelhantes e ficaram abaixo dos 4,8 mil processos, com exatamente 4.795 registros no ano retrasado e 4.742 no mesmo período do ano passado. Em 2023, porém, houve um salto e o número chegou a 6.254, segundo o tribunal.
Além de Campinas, que também é sede do TRT 15, o órgão é dividido em outras sete circunscrições nos municípios de Araçatuba, Bauru, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São José dos Campos, São José do Rio Preto e Sorocaba.
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O que diz o desembargador?
O desembargador do TRT 15, Samuel Hugo Lima, reconhece que o índice chama a atenção. Para ele, a prevenção pode reduzir a tendência de aumento. “É um dado que assusta. Significa que nós precisamos começar a pensar na prevenção do assédio, do acidente do trabalho e da doença ocupacional”, opina ele.
“O empresário tem que tomar consciência que na área trabalhista é mais importante a prevenção do que o processo. É ter um bom setor de recursos humanos, assistido por um bom advogado trabalhista. Isso ajuda”, completa.
O que é e como evitar?
A doença ocupacional ocorre quando o trabalhador desenvolve algum problema de saúde relacionado à função desenvolvida por ele. Por esse motivo, aquele que acredita estar desenvolvendo uma doença ocupacional precisa buscar um especialista. Há profissionais, inclusive, que optam por cobrar só quando a causa for ganha. Ainda assim, é possível evitar chegar a esse ponto.
O advogado trabalhista, Gustavo Valles, afirma que é preciso procurar um médico para entender a doença e possibilitar o tratamento da condição de saúde antes que a situação piore e o problema se torne de fato uma ação trabalhista.
“O médico vai indicar que a doença tem relação com o trabalho. Sabendo disso, a pessoa vai ter que consultar um advogado especialista na área e vai continuar acompanhando com o médico para saber como a doença vai evoluir”, explicou.
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