O bloqueio da Rodovia Adhemar Pereira de Barros (SP-340), mais conhecida como Campinas-Mogi, por manifestantes contrários o resultado da eleição do último domingo, terminou com a morte de um motorista na noite de ontem (2) em Mogi Mirim. Segundo a Renovias, concessionária que administra o trecho, um carro bateu na traseira de uma carreta, que estava parada na pista durante o bloqueio. Com o impacto, o motorista do carro morreu no local.
O acidente aconteceu por volta de 21h40 na altura do km 147, na pista sentido Sul. Segundo a concessionária, o trecho estava com três quilômetros de congestionamento durante o acidente, por causa dos bloqueios de manifestantes. O caminhão estava parado, mas com o motor ligado. A concessionária, no entanto, não confirmou se os condutores do caminhão ou do carro participavam do ato.
A PMR (Polícia Militar Rodoviária) atendeu a ocorrência. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, mas o motorista morreu no local.
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O BLOQUEIO
Por volta de 22h de ontem (2) o protesto bolsonarista na rodovia começou a ser dispersado e as vias liberadas. A manifestação no trecho começou na última segunda-feira (31) na altura do km 156, bloqueando os dois sentidos da pista. Veículos de passeios estavam sendo liberados pelo acostamento, gerando congestionamento. Segundo a Renovias, por volta de 22h a pista foi desobstruída pelos próprios manifestantes.
PROTESTOS
Os protestos realizados por caminhoneiros e produtores rurais bolsonaristas terminaram após interditarem rodovias da região de Campinas por três dias. Nesta quinta-feira (3), não há nenhuma estrada bloqueada. Os manifestantes eram contrários aos resultados das eleições, que elegeram no último domingo (30) o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do país. Alguns dos protestos pediam uma nova eleição, com voto impresso, e outros ainda intervenção militar e federal.
Além de problemas para motoristas, os bloqueios geraram transtornos para população como um todo, já que o protesto gerou escassez de combustíveis e problemas com a suspensão na venda de passagens de ônibus e cancelamento de voos. Prefeituras da região também decretaram situação de emergência por causa dos protestos e em Campinas houve risco de desabastecimento em hospital (leia mais aqui).
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